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CASA DE CABOCLO: FEITIÇO DE BRASILIDADE

 

Abstract


O texto tem como alinhave a problematizacao do acontecimento colonial como produtor de violencias nas dimensoes do ser e saber. Dessa maneira, invoco o carater duplo de Joao Alves Torres Filho (Joaozinho da Gomeia) em interseccao com o Caboclo da Pedra Preta para discorrer sobre inscricoes eticas/esteticas/politico/poeticas que contrariam os investimentos de morte produzidos pelo empreendimento colonial. Em um segundo momento abordo a nocao de casa de caboclo como disponibilidade conceitual para pensar a ambivalencia como elemento que rege a dinâmica colonial e molda o Brasil. A nocao de casa de caboclo se soma a defesa da macumba como um complexo de saber brasileiro (ciencia encantada) e nos possibilita incursionar em outras textualidades, saberes e gramaticas nao normativas que substanciam a hipotese de um feitico de brasilidade que emerge como astucias, dribles, jogos e batalhas contrarias a logica da dominacao colonial. Por fim, a presenca dupla de Joao e o Caboclo da Pedra Preta, assim como a ambivalencia do feitico de brasilidade posto na casa de caboclo sao reivindicados como parte de um giro politico/epistemologico que responde ao problema da descolonizacao.

Volume 12
Pages 53-66
DOI 10.12957/PERIFERIA.2020.55179
Language English
Journal None

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