Humanitas | 2019

A presença de Roma no Oriente: Iudaea Capta e as tradições culturais da Palaestina Romana

 
 

Abstract


EnglishThis paper analyzes Roman imperialist occupation in the Ancient East, the consequent domination of the Iudea and its transformation in Syria Palaestina. It addresses the demography and landscape of the region with the objective of demonstrating the intersection of external forces and internal forces that defined the fields of action in this interrelationship. It argues that proper Roman imperial administration, the organization of a network of orderly roads and an efficient traffic system allowed both military mobility and the formation of strategies for supplying, communicating and controlling the region by the population. It emphasizes categories of analysis, such as power, hegemony, domination, and resistance, stating that the formation of spaces is inherent in the understanding of the concept of space, the sphere of simultaneity, co-forming the social and power relations. States that the category of negotiation, in this sense, is what fosters spaces, feeds material practices, subsidizes identities, produces and mediates power. Finally, this paper points out to the importance of social contextuality, of archaeological contexts and of the contexts of discourse production, to approaches that privilege the perception of the different ideological conditions and contradictions inherent in social and material interactions in contact. portuguesO artigo analisa a ocupacao imperialista romana no Oriente Antigo, a consequente dominacao da Iudea e sua transformacao em Syria Palaestina. Aborda o debate actual sobre o tema, ilustrando tambem a tematica com alguns exemplos da Arqueologia. A demografia e a paisagem da regiao sao tratadas com o objetivo de demonstrar a interseccao de forcas externas e de forcas internas que definiram os campos de acao nesse inter-fluxo de relacoes humanas. Argumenta que a adequada administracao imperial romana, a organizacao de uma rede de estradas ordenadas e um sistema de trafego eficiente, permitiram tanto a mobilidade militar, bem como a formacao de estrategias de suprimento, comunicacao e controle da regiao pela populacao. Salienta categorias de analise, tais como poder, hegemonia, dominacao e resistencia, para a discussao do tema, afirmando que a formacao dos espacos e inerente ao entendimento do proprio conceito de espaco, a esfera da simultaneidade, co-formador do tecido social e das relacoes de poder. A negociacao, nesse sentindo, enquanto categoria analitica e o que fomenta espacos, alimenta as praticas materiais, subsidia as identidades e media o poder. Por fim, o artigo evidencia a importância da contextualidade social, dos contextos arqueologicos e dos contextos de producao dos discursos, como ferramentas proprias para abordagens academicas que privilegiem a percepcao das distintas condicoes ideologicas e contradicoes inerentes as interacoes sociais e materiais em contato.

Volume 73
Pages 81-104
DOI 10.14195/2183-1718_73_5
Language English
Journal Humanitas

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