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E não sou eu uma criança? : Trabalho infantil, história e Brasil profundo

 
 

Abstract


Ao longo do tempo, a busca pela educacao formal constituiu-se uma das agendas de luta para os mais distanciados das esferas economicas privilegiadas. Criticada por muitos, a educacao formal representava, e ainda representa, uma oportunidade de ascensao social para essas pessoas. Corpos pretos, homossexuais, nordestinos, de mulheres, dentre outros, buscavam a escola (publica) com o proposito de vencer a pobreza e preencher de sentidos a vida. No entanto, como adversario desses projetos de transformacao de uma realidade muitas vezes sofrida, o trabalho infantil, calcado em uma logica colonial, fez ruir muitos dos sonhos desses sujeitos. No decorrer dos anos, o Trabalho Infantil (TI) e o Trabalho Infantil Domestico (TID) tem-se apresentado como um dos principais fatores a contribuir para a repetencia, a evasao e o abandono escolar, e suas consequencias biopsicossociais para os milhoes de sujeitos trabalhadores dos campos e das cidades do Brasil Profundo tem sido extremamente nefastas. Neste ensaio, objetivamos discutir a problematica do trabalho infantil em perspectiva socioeconomica, \nhistorica e cultural. Pretendemos por em dialogo tal tematica com as contribuicoes de autores/as preocupados/as com a superacao das desigualdades.

Volume 28
Pages 106-123
DOI 10.14295/MOMENTO.V28I2.9509
Language English
Journal None

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