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A Natureza em Sade

 

Abstract


a proposta deste artigo e analisar a ideia de natureza na obra clandestina de Sade, mais especificamente, nas historias de “Justine” (1787/1999) e de “Juliette” (1801). O exame recaira sobre a fala de dois narradores (dos “Infortunios da virtude” e da “Nova Justine”) e de cinco personagens (Dubois, Noirceuil, Rodin, Braschi e Juliette). Pretende-se estudar quatro nocoes diferentes de natureza (a compensadora, a criadora, a estupida e a inexistente) a fim de demonstrar que tais nocoes formam, na verdade, um unico raciocinio, desenvolvido em uma gradacao regressiva. Tudo comeca em uma natureza onipotente e amoral. Esta se transforma em nocao imoral, menos poderosa e que necessita do libertino para desorganizar a materia, mas passa a se mostrar impotente e inconsequente, ate revelar-se uma forca tao misteriosa e incompreensivel quanto a divindade.

Volume 21
Pages None
DOI 10.17648/2175-2834-V21N3-416
Language English
Journal None

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