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O ABSURDO EM APOTEOSE DO ABSURDO, FRAGMENTO DO LIVRO DO DESASSOSSEGO DE FERNANDO PESSOA PERDAS E AUSÊNCIAS NA LITERATURA CONTEMPORÂNEA

 

Abstract


Este trabalho tem por objetivo delinear o processo artistico de Fernando Pessoa (2011), em Apoteose do Absurdo, fragmento do Livro do Desassossego, de acordo com a abordagem fenomenologica do absurdo. Para isso, utilizamos do pensamento de Camus (2011, p. 21): “O homem e a unica criatura que se recusa a ser o que e. A questao e saber se esta recusa nao pode leva-lo senao a destruicao dos outros e de si proprio, se toda revolta deve acabar em justificacao do assassinato universal”. Assim, “a revolta nasce do espetaculo da desrazao diante de uma condicao injusta e incompreensivel” (CAMUS, 2011, p. 21). O absurdo permite a dissimulacao da obra, anulando as suas proprias razoes, de maneira a passar da visao estetica para a transestetica, ou seja, da simulacao a dissimulacao. Inicialmente sera realizado um panorama sobre a arte enquanto discurso ao contradiscurso, no sentido foucaultiano, atendo-se a estetica do absurdo no conceito de Camus. O estudo, portanto, tem como base teorica a fenomenologia de Camus (1965, 1989, 2006, 2011) e de Baudrillard (1991).

Volume 10
Pages 69-78
DOI 10.18224/GUA.V10I2.8805
Language English
Journal None

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