Cadernos De Pesquisa | 2019

QUANDO ATROFIAR E DESQUALIFICAR SÃO CONDIÇÕES PARA MANUTENÇÃO DA SUBALTERNIDADE

 

Abstract


As reflexoes aqui apresentadas compartilham parte da tese defendida, para o concurso de titular da UFG, intitulada o Direito a escolarizacao e a manutencao da subalternidade, que tomou por objeto de analise a politica de educacao de jovens e adultos implementada no Brasil, principalmente apos a promulgacao da Constituicao Federal de 1988. Foram acrescidas reflexoes resultantes das angustias compartilhadas em outros espacos de dialogo, acompanhando as politicas de Educacao de Jovens e Adultos (EJA) e Educacao Profissional (EP) no Brasil, e que so se intensificaram, apos o processo de impeachment com o Golpe de 2016 e os resultados das eleicoes de 2018. Para a construcao deste artigo contamos com a contribuicao de depoimentos de ex-alunos da EJA, que expressam o sentido do retorno a escolarizacao e os desafios por eles vividos; utilizamos a pesquisa bibliografica relacionada a modalidade EJA integrada a EP e suas experiencias especificas em Goias; analisamos documentos oficiais, tais como leis, pareceres, projetos politico-pedagogicos e dados fornecidos pelos orgaos oficiais, tais como Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira (Inep) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE). O referencial teorico gramsciano e que da o suporte principal as analises do texto. A historia da educacao nos revela em muitos momentos que o direito a educacao nao se efetiva, ou se concretiza como uma oferta de acesso precario ao conhecimento e de certificacao aligeirada. Para o contexto em que estamos vivendo, e possivel constatar que a atrofia da experiencia Proeja tambem pode ser entendida pelo fato deste programa, que se pretendeu constituir em politica, representar uma ameaca mesmo que de forma timida e nao massiva, ao projeto de formacao para a subalternidade, tao necessario ao sistema capitalista desigual e combinado. Palavras-chave : Educacao de jovens e adultos. Escolarizacao. Subalternidade. Politica educacional. WHEN TO DRUNK AND DISQUALIFY ARE CONDITIONS FOR MAINTENANCE OF SUBALTERNITY Abstract The reflections presented here share part of the thesis defended for the UFG holder contest, entitled The Right to Schooling and the Maintenance of Subalternity, which took as its object of analysis the policy of youth and adult education implemented in Brazil, especially after the promulgation of the Federal Constitution of 1988. Reflections resulting from shared anguish in other spaces of dialogue were added, accompanying the policies of Youth and Adult Education (EJA) and Vocational Education (VE) in Brazil, and which only intensified after the process. impeachment with the 2016 coup and the results of the 2018 elections. For the construction of this article we counted on the contribution of testimonials from EJA alumni, which express the meaning of the return to school and the challenges they experienced; We used the bibliographic research related to the EJA modality integrated to VE (Proeja) and its specific experiences in Goias; We analyze official documents, such as laws, opinions, political-pedagogical projects and data provided by official bodies, such as Anisio Teixeira National Institute for Educational Studies and Research (Inep) and the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). The Gramscian theoretical framework provides the main support for the analysis of the text. The history of education reveals to us in many moments that the right to education is not effective, or materialized as an offer of precarious access to knowledge and certification. For the context in which we are living, it can be seen that the atrophy of the Proeja experience can also be understood by the fact that this program, which was intended to constitute politics, represents a threat, even if timidly and non-massively, to the training project for subordination, so necessary to the unequal and combined capitalist system. Keywords: Youth and adult education. Schooling. Subalternity. Educational politicy. CUANDO REDUCIR Y DESCALIFICAR SON CONDICIONES DE MANTENIMIENTO DE LA SUBALTERNIDAD Resumen Las reflexiones presentadas aqui comparten parte de la tesis defendida para el concurso de profesor titular de la UFG, titulado El derecho a la escolarizacion y el mantenimiento de la subalternidad, que tuvo como objeto de analisis la politica de educacion de jovenes y adultos (EJA) implementada en Brasil, especialmente despues de la promulgacion de la Constitucion Federal de 1988. Se agregaron reflexiones resultantes de la angustia compartida en otros espacios de dialogo, acompanando las politicas de Educacion de Jovenes y Adultos (EJA) y Formacion Profesional (FP) en Brasil, y que solo se intensificaron despues del proceso de juicio politico con el Golpe de 2016 y los resultados electorales del 2018. Para la construccion de este articulo contamos con la contribucion de testimonios de antiguos alumnos de EJA, que expresan la sensacion de regreso a la escuela y los desafios que experimentaron; Utilizamos la investigacion bibliografica relacionada con la modalidad EJA integrada a la FP (Proeja) y sus experiencias especificas en el estado de Goias; Analizamos documentos oficiales, como leyes, normativas, proyectos politico-pedagogicos y datos proporcionados por organismos oficiales, como el Instituto Nacional de Estudios e Investigacion Educativa Anisio Teixeira (Inep) y el Instituto Brasileno de Geografia y Estadistica (IBGE). El marco teorico gramsciano proporciona el soporte principal para el analisis del texto. La historia de la educacion nos revela muchas veces que el derecho a la educacion no se realiza o si materializa como una oferta de acceso precario al conocimiento y la certificacion. Para el contexto en el que vivimos, se puede ver que la atrofia de la experiencia Proeja tambien se puede entender por el hecho de que este programa, que pretendia constituir politica, representa una amenaza, aunque sea timidamente y no masivamente, para el proyecto de capacitacion para subordinacion, tan necesaria para el sistema capitalista desigual y combinado. Palabras clave : Educacion de jovenes y adultos. Escolaridad Subalternidad Politica educativa.

Volume 26
Pages 156-168
DOI 10.18764/2178-2229.v26n4p156-168
Language English
Journal Cadernos De Pesquisa

Full Text