ETD - Educação Temática Digital | 2021
Escola de gente feia
Abstract
Este artigo objetiva discutir algumas relações entre o corpo e as feiuras, procurando avaliar os abalos que um corpo feio provoca nos modelos de apreensão da subjetividade construídos prioritariamente a partir dos referenciais da representação e da identidade. Parte de uma cena comum de escola para problematizar alguns possíveis limites entre as feiuras e as produções de modos de vida. Propõe, a partir do aporte de autores alinhados à filosofia da diferença, algumas possibilidades de subversão suscitadas pelo corpo feio para uma política de subjetivação que afirme uma diferença radical. Há, conforme aposta o texto, escolas de gente feias que fazem de seus corpos marcos nas transformações afetivas tecidas nas escolas. O corpo feio cria, vorazmente, insultos à lógica Capital.