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A IMPORTÂNCIA DA ESCUTA TERAPÊUTICA COMO FERRAMENTA DA EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE

 
 
 
 
 
 

Abstract


No Brasil, em geral, e, principalmente, em algumas regiões do país, o processo de envelhecimento da população está em expansão. O número de idosos (≥ 60 anos de idade) passou de 3 milhões em 1960, para 7 milhões em 1975, e 14 milhões em 2002 (um aumento de 500% em quarenta anos) e deverá alcançar 32 milhões em 2020. Ocorre uma predominância das mulheres (8,0% em relação ao total da população; e, os homens, 4,3%) nessa faixa da população (BARBOSA; SPYRIDES, 2018). No Nordeste, em termos relativos, a população com idade igual ou superior a 60 anos ganha importância no total populacional entre 1980 e 2030, passando de mais de 6,3% para 14,3% do efetivo humano nordestino. A dimensão absoluta dos idosos contava com 2,2 milhões de habitantes em 1980 e passará para mais de 8,6 milhões de pessoas em 2030, segundo projeções populacionais um acréscimo de mais 6 milhões de pessoas com idades superiores a 60 anos em 50 anos (BARBOSA; SPYRIDES, 2018). O idoso possui particularidades inerentes a sua faixa etária, como uma prevalência maior de doenças crônicas e fragilidades, mais custos, menos recursos sociais e financeiros (VERAS et al, 2013). O aumento da população idosa não significa especificamente uma melhora na qualidade de vida das pessoas, observa-se uma demanda crescente por serviços de saúde, tornando-se um desafio para a Saúde Pública (CLOSS et al, 2012). Atividades que visam a promoção e a educação em saúde, a prevenção e atraso de doenças e fragilidades, manutenção da autonomia e independência devem ser incentivadas e são extremamente necessárias (VERAS; ESTEVAM, 2015). Assim, a Educação Popular em Saúde (EPS) surge como um processo em que profissionais de saúde ou até mesmo estudantes reproduzem de uma forma mais prática e acessível para população medidas preventivas, como as doenças se desenvolvem ou situações do cotidiano que podem ajudar no processo de adoecimento da comunidade trabalhada bem como no desenvolvimento de autonomia do usuário (GOMES; MERHY, 2011). Esta percepção valoriza o processo de construção coletiva do conhecimento e das ações de saúde, respeitando a presença de elementos imprevisíveis, abre-se espaço para a

Volume None
Pages 179-185
DOI 10.22533/at.ed.78919131120
Language English
Journal None

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