Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos | 2019

Raciocínio Lógico e Escolarização

 
 

Abstract


O objetivo deste estudo foi investigar o efeito do modo de faz-deconta, formas de silogismos e tipos de fatos, no desempenho de criancas inglesas de 5 anos de idade, escolarizadas, de nivel socio-economico (NSE) medio e de criancas brasileiras de 5 anos de idade, nao escolarizadas de NSE baixo. Os resultados mostraram que as criancas, independentemente se escolarizadas ou nao, produziram maior numero de respostas corretas e maior numero de justificativas teoricas na condicao de brincadeira de faz-de-conta do que na condicao verbal comum. Este efeito foi especialmente marcante para os fatos desconhecidos e para os fatos contrarios as experiencias das criancas. Este padrao foi mantido para ambas formas de silogismos, embora em geral o desempenho das criancas nos problemas envolvendo Modus Ponens tenha sido mais acurada do que nos problemas envolvendo Modus Tollens. As criancas nao-escolarizadas obtiveram menores escores do que as escolarizadas. No entanto, esta diferenca nao foi tao forte como aquela relatada por Scribner (1977) onde as criancas nao-escolarizadas obtiveram baixos escores adotando um vies empirico. Em nosso estudo, apesar das criancas nao-escolarizadas terem frequentemente recorrido a justificativas arbitrarias, puderam recorrer a uma atitude teorica quando a condicao de faz-de-conta foi adotada. \n \n \n \nAbstract \n \nThe main aim of this study was to investigate the effect of makebelieve mode, form of syllogisms and type of fact in 5-year-old schooled children from medium SES families in England and in non literate 5- year-old unschooled children from low SES families in Brazil. This study was a test of the claim that schooling is a pre requesite for deductive reasoning. The results showed that children, English or Brazilian, produced more correct responses and theoretical justifications in the makebelieve play condition than in the standard verbal mode. This was especially true for unknown facts and contrary facts. This pattern held for both form forms of syllogism, although in general children s performance on Modus Ponens inferences was more accurate than on Modus Tollens inferences. Unschooled children s performance was poorer than schooled children s performance. However, this difference was not so strong as that found in the studies reported by Scribner (1977) where unschooled children performed at chance level, adopting the empirical bias. In this study, the unschooled children, although they very often appealed to arbitraty justifications, could adopt a theoretical attitude when the makebelieve mode was used. \n \n \n \nResume \n \nCe travail de recherche a eu comme objectif principal l investigation de I effet du mode faire-semblant, des formes de syllogisme et des types defaits sur la reussite d enfants anglais de cinq ans, scolarises, niveau socio-economique moyen, et d enfants bresiliens de meme âge, nonscolarises et de bas niveau socio-economique. Les resultats indiquent aue les enfants, scolarises ou non, ont produit un plus grand nombre de reponses correctes, ainsi que de justificatives theoriques dans la condiction experimentale faire-semblant, par rapport a la condiction verbale commune. Cet effet a ete plus net en ce qui concerne des faits nconnus et des faits contraires aux experiences des enfants. Ce resultat a ete observe pour i es deux formes de syllogisme etudiees, quoi que, en general, le nombre de reponses correctes a ete plus important chez les enfants travaillant avec des problemes em Modus Ponens, par raport a ceux travaillant sous modus Tollens. Les enfants non-scolarises ont obtenu des scores plus bas que ceux des enfants scolarises. Neanmoins, cette difference n a pas ete aussi forte que celle mentionnee par Scribner (1977), qui a pu constater des scores bas chez des enfants non-scolarises adoptant un biais empirique. Dans notre etude, bien que les enfants nonscolarises aient frequemment fait appel a des justifications arbitraires, ils ont, d autre part, eu recours a une attitude theorique quand la condiction faire-semblant a ete proposee. \n \n \n \nResumen \n \nEl objetivo principal de este estudio fue investigar el efecto del modo de fingir formas de silogismos y tipos de hechos en el rendimiento de ninos ingleses de 5 anos de edad, escolarizadas, de NSE medio y de linos brasilenos de 5 anos de edad, sin escolaridad de NSE bajo. Los resulados mostraron que ios ninos, independientemente de si eran escolarizados o no, producian mayor numero de respuestas correctas e mayor numero de justificativas teoricas en la condicion del juego de fingir que en la condicion verbal comun. Este efecto fue especialmente marcante para los hechos desconocidos y para los hechos contrarios a Ias experiencias de los ninos. Este padron fue conservado para ambas formas de silogismos, no obstante, en general el rendimiento de los ninos en los problemas envolviendo Modus Ponens haya sido mas preciso que en los problemas envolviendo Modus Tollens. Los ninos sin escolaridad obtuvieron resultados menores que los escolarizados. Sin embargo, esta diferencia no fue tan fuerte como aquella relatada por Scribner (1977) donde los ninos sin escolaridad obtuvieron bajos resultados adoptando una inclinacion empirica. En nuestro estudio, a pesar de los ninos sin escolaridad haber recurrido frecuentemente a justificativas arbitrarias, estos adoptaron una actitud teorica cuando fue usada Ia condicion de fingir.

Volume 74
Pages None
DOI 10.24109/2176-6681.RBEP.74I176.1215
Language English
Journal Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos

Full Text