Archive | 2019

MODELOS DE SOBREVIVÊNCIA PARA AVALIAÇÃO DE INTOXICAÇÃO POR REPELENTES A BASE DE NEEM EM Trigona spinipes

 
 
 
 

Abstract


A abelha irapua (Trigona spinipes) e uma especie de abelha sem ferrao polinizadora de varias especies vegetais, mas que tambem tem causado danos a algumas culturas tais como a flor copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica). Isto porque, as abelhas ao coletarem o polen ou resinas nesta especie, danificam suas inflorescencias, deixando-as inviaveis para comercializacao. Para evitar este dano uma alternativa e aplicar um repelente natural que nao ocasione mortalidade as abelhas, tanto pelo contato direto durante a aplicacao do produto por pulverizacao, quanto por ingestao ao coletar o polen. Objetivou-se ajustar modelos para avaliacao da sobrevivencia de abelhas T. spinipes, submetidas a bioensaios de intoxicacao utilizando diferentes produtos quimicos contendo o repelente natural Neem (Azadirachta indica). Foram distribuidas 400 abelhas em gaiolas com grupos de 10 abelhas cada, sendo considerado um delineamento inteiramente casualizado em ensaio fatorial 2x4, considerando duas vias de intoxicacao utilizando tres produtos quimicos como repelentes e uma testemunha, com cinco repeticoes cada. Para construcao das curvas de sobrevivencia foi avaliado o numero de abelhas mortas a cada 12 horas considerado como covariaveis a via de intoxicacao e o produto quimico repelente. Comparou-se os resultados por analise nao parametrica utilizando estimador limite-produto modificado (Turnbull), pelo ajuste por modelo parametrico de Weibull e pela tecnica semiparametrica de modelos proporcionais de Cox. O melhor ajuste foi obtido pelo modelo semiparametrico, com valores bem proximos aos obtidos pela estimativa de Turnbull. Nao se obteve diferenca significativa entre os produtos quimicos avaliados ao nivel de 5% de significância. No entanto, conclui-se que a via de intoxicacao das abelhas, ou seja, a forma de aplicacao do repelente e o fator de maior significância, sendo aguda por contato a via de intoxicacao que causa maior mortalidade. Assim, recomenda-se que o horario de aplicacao do produto seja diferente do horario de forrageamento da T. spinipes.

Volume 17
Pages 37-48
DOI 10.28998/RCA.V17I1.5183
Language English
Journal None

Full Text