Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde | 2021

Estratificação de risco cardiovascular em pacientes com hepatite C em acompanhamento farmacoterapêutico no serviço especializado: um estudo transversal

 
 
 
 
 

Abstract


Revisão por pares: revisores cegos Objetivo: Avaliar o risco da ocorrência de possíveis eventos coronarianos em um período de até 10 anos em pacientes com hepatite C em acompanhamento farmacoterapêutico, tratados com antivirais de ação direta. Verificar se há correlação entre as possíveis variáveis intervenientes com o Escore de Risco de Framingham (ERF), e se estas variáveis são capazes de prever o Risco Cardiovascular (RCV) nos pacientes. Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal, realizado no município de Uruguaiana, no sul do Brasil. Os dados foram coletados a partir de 71 prontuários de pacientes com hepatite C, que estiveram em acompanhamento no Ambulatório de Hepatites Virais. O RCV foi avaliado a partir do ERF. A análise estatística envolveu o teste t de Student para comparação entre médias, Quiquadrado de Pearson para associação do RCV com as variáveis categóricas e correlação de Pearson ou Spearman para avaliar correlações com variáveis contínuas intervenientes, de acordo com a distribuição. Também foi utilizado um modelo de regressão linear múltipla. Em todos os casos, o nível de significância foi considerado quando p<0,05. Resultados: O RCV considerado moderado/alto esteve presente na maioria dos pacientes. O uso de anti-hipertensivo e o diagnóstico autorreferido de diabetes foi marcadamente asociado ao resultado do ERF. Com exceção do tempo de diagnóstico da hepatite C, as outras variáveis contínuas avaliadas foram correlacionadas ao RCV moderado/alto. O modelo de regressão linear foi capaz de prever em até 62% o RCV em pacientes com hepatite C. Conclusão: O ERF demonstrou ser eficaz na estratificação de RCV dos pacientes com hepatite C. É uma ferramenta simples e facilmente disponível aos farmacêuticos que realizam o cuidado desses pacientes. Assim, é possível prevenir comorbidades cardiovasculares que possam estar associadas à hepatite C.

Volume None
Pages None
DOI 10.30968/rbfhss.2021.123.0669
Language English
Journal Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde

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