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Aplicação do processo de enfermagem ao paciente em tratamento hemodialítico: relato de experiência

 
 
 
 
 
 
 
 

Abstract


Os rins são órgãos que desempenham funções vitais para o corpo humano, como a eliminação de toxinas, regulação do volume de líquidos, filtragem do sangue e a sintetização de hormônios importantes. Dessa forma, mantém o controle hidroeletrolítico e controla a pressão arterial sistêmica. Portanto, são necessários para manutenção da homeostase do organismo além de eliminarem resíduos tóxicos por meio da urina (RUDNICKI, 2014; SANTOS et al, 2017). Nesse sentido, quando ocorre o declínio das funções renais de forma progressiva e irreversível nomeia-se Doença Renal Crônica (DRC). Essa patologia configura-se como uma lesão renal que apresenta anormalidades funcionais e estruturais, em que sua evolução ocorre de maneira lenta e assintomática (FERNANDES et al., 2018). Nesse cenário, o grupo de risco para o desenvolvimento dessa doença é composto principalmente por idosos, pessoas com doenças crônicas, obesos, tabagistas e com histórico familiar prévio (BRASIL, 2014). Atualmente a DRC é considerada como um problema de saúde pública, pois vem aumentando progressivamente nas últimas décadas. No ano de 2030 há uma estimativa de que em torno de 2,2 milhões de pessoas serão submetidas ao tratamento renal substitutivo. Tal fato repercute negativamente não somente na qualidade de vida e saúde dos indivíduos, mas como também traz onerosos gastos para o sistema de saúde (PERDOMO; RUIZ, 2018). As principais modalidades de terapia renal substitutiva são hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal. A hemodiálise é a mais utilizada, consistindo em um processo de difusão para depuração de solutos relativamente pequenos, como eletrólitos e ureia. O sistema é composto pelo dialisador, dispositivos mecânicos que bombeiam o sangue do paciente e o dialisato. O tratamento é realizado em um serviço especializado em nefrologia, no qual o paciente deve comparecer três vezes por semana para sessões de quatro horas por dia. Para a realização desse tratamento é necessário que os pacientes tenham um acesso vascular que pode ser feito por fístulas arteriovenosas, utilizando-se veias autógenas ou próteses, ou por cateteres venosos, levando em conta as indicações (SANTOS et al., 2017). Dentro do regime terapêutico do paciente renal crônico em hemodiálise, encontram-se a restrição hídrica, que caso não seja seguida pode levar um aumento no ganho de peso do indivíduo ocasionando um aumento na morbidade e mortalidade cardiovascular. Além da restrição dietética, que tem como objetivo evitar hipercalemia, hiperfosfatemia e desnutrição

Volume 3
Pages 2648-2657
DOI 10.34115/basrv3n6-029
Language English
Journal None

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