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“É bom a gente aprendê mais, falá melhó”: crenças e atitudes linguísticas dos sambadores e sambadeiras de roda do grupo Samba Chula de São Braz
Abstract
Este artigo e uma amostra dos achados de uma dissertacao de mestrado em andamento intitulada Sambando na cara da sociedade: a resistencia na atitude e nos usos linguisticos no contexto do Samba Chula de Sao Braz. As crencas e atitudes linguisticas dos falantes influenciam o modo como estes percebem uma lingua ou variedade linguistica. Com isso, este trabalho objetiva analisar a relacao das atitudes linguisticas dos sambadores e das sambadeiras do grupo Samba Chula de Sao Braz com o ensino da norma padrao da Lingua Portuguesa e com a percepcao das variedades do portugues brasileiro. A metodologia empregada e descritiva e segue os pressupostos da Sociolinguistica Interacional e da Etnografia da Comunicacao (qualitativa e interpretativa). Para isso, foram realizadas entrevistas alem de observacao dos ensaios do grupo em Sao Braz, comunidade que fica a cerca de 7 quilometros do centro de Santo Amaro e e uma das comunidades reconhecidas como quilombo na Bahia. O estudo deste tema e pertinente para identificar como uma atitude positiva sobre determinada variedade linguistica caracteriza a afirmacao da identidade etnico-racial das sambadeiras e dos sambadores de Sao Braz, ou seja, como o uso da lingua pode marcar seu lugar de resistencia na sociedade.