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HISTÓRIA LOCAL E IDENTIDADE: O ENSINO DE HISTÓRIA NOS ANOS INICIAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Abstract
Este artigo relata parte de uma pesquisa desenvolvida no Programa de Mestrado em Educação, da Universidade Tuiuti do Paraná, voltada à análise da Educação Histórica nas séries iniciais. Os sujeitos da pesquisa são professoras do 3o ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Anchieta, situada centro do município de Campo Largo-Pr, encarregadas de reger a sala de aula, em sua totalidade de conteúdos a serem abordados e, entre estes a História Local. A instituição dedica-se a Educação Infantil e Ensino Fundamental, e a atual direção está sob a responsabilidade da Congregação das Irmãs da Sagrada Família de Maria, cujo fundador é Dom Zygmunt S. Felinski. A opção pela abordagem de uma escola municipal se dá em função de que por orientações legais (Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs, Diretrizes Curriculares – Estadual e Municipal) deve-se priorizar, nesta etapa da educação básica, a abordagem da História Local, notadamente como estratégia pedagógica para o ensino de História. Na matriz curricular para o ensino fundamental de 9 anos, estabelecida pela Secretaria de Educação do Município de Campo Largo, verifica-se que nos conteúdos de História para o 3o ano do ensino fundamental, estão colocados no 1o bimestre, a História do município e seu contexto histórico; no 2o bimestre está prevista a abordagem das etnias do município e suas contribuições; no 3o bimestre privilegiam-se as relações de poder do município e, no 4o bimestre, as relações culturais no município, justificando-se assim a opção pelo estudo do 3o ano do ensino fundamental, dentro da proposta do ensino fundamental de nove anos já em andamento no município de Campo Largo. Nessa direção, a pergunta de pesquisa foi assim estabelecida: quais concepções de identidade histórica estão presentes nas práticas ensino de História Local das professoras do 3o ano do ensino fundamental de Campo Largo, tendo como estudo de caso a Escola Municipal Anchieta? A proximidade do cotidiano escolar e, a escolha de um estabelecimento escolar específico para o desenvolvimento da pesquisa direcionou nossa opção pelo estudo de caso como estratégia de pesquisa.