Texto para Discussão | 2021

TD 2681 - Heterogeneidade industrial regional: um comparativo entre as UFS da região Centro-Oeste e São Paulo

 

Abstract


As economias das Unidades da Federação (UFs) da região Centro-Oeste, desde os anos\n1990, estão passando por uma modificação em seu estilo de desenvolvimento, visto\nque os fatores externos se tornaram mais pulsantes vis-à-vis aos fatores internos como\ndeterminantes nas transformações das estruturas produtivas deste espaço regional. Mais conectadas aos mercados internacionais, estas economias locais aceleraram o processo de modernização de suas estruturas produtivas, porém, sem romper com sua condição de subdesenvolvimento. É neste contexto que tece toda a trama desta investigação, quer dizer, verificar se há alguma redução no hiato existente entre a produtividade média do trabalho dos setores industriais por fatores de competitividade nas UFs que formam a região Centro-Oeste vis-à-vis ao estado de São Paulo, no período de 1996 a 2016. Para tanto, adota-se o método histórico-estrutural como meio para testar e validar a evidência empírica que o diferencial de produtividade média do trabalho dos setores industriais por fatores de competitividade centro-oestinos vis-à-vis ao estado de São Paulo vem se reduzindo no interstício de 1996 a 2016. Neste sentido, os setores industriais por fatores de competividade da região Centro-Oeste que apresentaram maior convergência em termos de produtividade do trabalho (PT) industrial vis-à-vis ao estado de São Paulo foram os baseados em recursos naturais, diferenciado, intensivo em escala e intensivo em trabalho. Com exceção do Distrito Federal, nenhuma UF do Centro-Oeste apresentou uma redução na lacuna entre o diferencial de PT industrial vis-à-vis ao estado de São Paulo naquilo que se refere ao setor baseado em ciências. Deste modo, é importante sublinhar que o grau de heterogeneidade entre os setores industriais que constituem as UFs do Centro-Oeste e o estado de São Paulo apresentou, no interstício de 1996 a 2016, um declínio, visto que os seus valores se aproximaram mais da média de cada UF, sinalizando, por conseguinte, que a difusão do progresso técnico seguiu pelo caminho de uma maior homogeneização inter-regional. Porém, é importante acentuar que isto não significou que UFs analisadas tenham superado a dualidade existente entre as empresas que modernizaram e aquelas que ainda se mantiveram agarradas aos grilhões das técnicas arcaicas e tradicionais. Isto reforça a dependência tecnologia deste espaço regional em relação ao padrão tecnológico estabelecido nos países centrais, uma vez que as UFs da região Centro-Oeste possuem pouca capacidade de geração endógena de ciência, tecnologia e inovação (CT&I). Este fato reforça a necessidade de formulação de estratégias estaduais em CT&I para reduzirem a dependência destes estados vis-à-vis\nàs inovações tecnológicas que são produzidas nos países centrais.

Volume None
Pages None
DOI 10.38116/td2681
Language English
Journal Texto para Discussão

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