Educação Unisinos | 2019

Neoconservadorismo e Políticas Educacionais no Brasil

 

Abstract


Neste texto procuramos trazer alguns subsídios para a compreensão de um tema premente no contexto das políticas educacionais no Brasil. Isso requer algumas considerações preliminares, em termos introdutórios: a) A complexidade do tema, já que o conservadorismo não é um fenômeno político único ou homogêneo, apresentando-se com características bastante específicas, em vários países, na contemporaneidade; b) Do nosso ponto de vista, devemos procurar entender o conservadorismo numa perspectiva histórica de longa duração, considerando seu surgimento e suas manifestações em diversos momentos da história; c) O tema não pode ser tratado isoladamente, mas sim, no contexto atual, merece ser abordado em sua relação com o neoliberalismo; d) Recentemente, alguns acontecimentos sinalizaram que estamos diante de um inequívoco recrudescimento do conservadorismo, tanto em termos nacionais quanto internacionais. Em editorial, os Editores da Revista Educação & Sociedade (v. 38, no 141, out.-dez. 2017, p. 865) destacaram que a aprovação do Brexit na Inglaterra, a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, bem como as eleições na França, na Alemanha, na Áustria e, ainda mais recentemente, na Tchecoslováquia, confirmam essa tendência. Também no Brasil e em diversos países da América Latina verificamos esse fenômeno, tanto no que tange à formulação de políticas, como no plano das relações sociais e culturais. Entre nós, diversos projetos e/ou iniciativas revelam que vivemos momentos expressivos dessa recente onda conservadora;

Volume 23
Pages 774-784
DOI 10.4013/edu.2019.234.11
Language English
Journal Educação Unisinos

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