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Atitudes frente ao comportamento suicida entre os acadêmicos de enfermagem

 
 
 

Abstract


De acordo com relatorio da Organizacao Mundial de Saude sobre prevencao do suicidio, mais de 800.000 pessoas morrem por esta causa todos os anos; aproximadamente uma pessoa a cada quarenta segundos. Apesar do suicidio merecer uma atencao especial pelos profissionais de saude que atendem as pessoas que passaram por esse sofrimento, a literatura tem demonstrado que a existencia de associacao entre atitudes negativas desses profissionais como preconceito, estigmas e discriminacao acarretam em dificuldades em lidar com o a pessoa que cometeu suicidio e, consequentemente, uma diminuicao na qualidade da assistencia prestada. Frente ao exposto, a presente pesquisa teve o objetivo de verificar as atitudes relacionadas ao comportamento suicida entre academicos de Enfermagem de uma instituicao particular de ensino do Distrito Federal. Tratou-se de um estudo quantitativo, descritivo o qual foram aplicados um questionario que apresentava variaveis sociodemograficas e academicas e outro com questoes atitudinais frente ao suicidio denominado QUACS – Questionario de Atitudes Frente ao Comportamento Suicida. Os dados foram coletados entre os meses de outubro e novembro de 2019 e tabulados por meio do software SPSS 25 para Windows. Houve a participacao de 253 estudantes de enfermagem e, de uma maneira geral, os dados revelaram que os estudantes nao apresentaram uma atitude negativa frente a pessoa suicida. As principais atitudes que trouxeram certa dificuldade aos estudantes foram em relacao a perguntar sobre o comportamento suicida e isso induzir a pessoa a realizar o ato; se sentirem impotentes diante de uma pessoa que pensa em se matar; falta preparo profissional para lidar com pacientes que passaram por esse sofrimento psiquico da tentativa do autoexterminio; a presenca de atitude conservadora e religiosa em relacao ao suicidio; crenca que o suicidio nao esta ligado a um transtorno mental; associarem a coragem a pessoa que pensa no suicidio alem da necessidade de conversar e da indicacao de um psiquiatra como boas estrategias para ajudar a pessoa que tenha um comportamento suicida. Os resultados verificados sao preditivos importantes para a criacao de estrategias pedagogicas durante o processo formativo desses estudantes. Instituicoes de ensino, coordenadores de curso e professores devem tracar estrategias de dessensibilizacao em relacao as atitudes que ainda podem atrapalhar o cuidado da pessoa que tem passado pelo sofrimento psiquico do comportamento suicida. Assim, compreender as atitudes dos estudantes da area da saude, em especial os academicos de Enfermagem, ainda no periodo de formacao, podem promover uma modificacao em relacao ao entendimento do comportamento suicida, uma assistencia de enfermagem livre de preconceitos, fortalecer discussoes ampliadas sobre a tematica de forma aberta e sem tabus, bem como oferecer um cuidado integral e humanizado. Espera-se que outros estudos possam ser realizados para fomentar a discussao sobre o suicidio e as diversas estrategias de cuidado para essas pessoas que passam ou ja passaram por tal sofrimento.

Volume None
Pages None
DOI 10.5102/PIC.N0.2019.7581
Language English
Journal None

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