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COVID-19 GRAVE, UMA DOENÇA IMUNOLÓGICA.

 
 

Abstract


Introducao: Desde o final de 2019, o maior objetivo da imunologia tem sido desvendar os mecanismos fisiopatologicos da COVID-19 e a formacao de anticorpos contra o Sars-CoV-2. Atualmente, caracterizada como uma doenca infecciosa viral, a COVID-19 pode ter como principal causa de agravamento a resposta imune desregulada, conforme estudos recentes tem apontado. Objetivos: Demonstrar que a COVID-19 e, de fato, uma doenca imunologica desencadeada por um patogeno viral. Material e metodos: Revisao sistematica nas bases de dados PubMed, LILACS, SciELO, Science, MDPI e medRxiv, nas quais foram identificados 37 artigos, dos quais cinco foram incluidos na amostra final. Resultados: Da busca bibliografica, desde Janeiro de 2020 mais de 170 artigos correlacionam casos graves de COVID-19 com uma resposta imunologica exacerbada e descontrolada. Estudos indicam que a desregulacao da resposta imune de uma parcela de pessoas pode provocar uma tempestade de citocinas que resulta em dano tecidual disseminado, agregacao plaquetaria e disfuncao endotelial, contribuindo com a formacao de microtrombos e, consequentemente, com suas complicacoes. Em comparacao com outras infeccoes disseminadas, como a Sepse por exemplo, na conducao da COVID-19 nao ha criterios e nem parâmetros laboratoriais e/ou clinicos que indiquem a conduta adequada no momento certo para conter a progressao da doenca. Conclusao: A definicao fisiopatologica da COVID-19 como sendo uma doenca infecciosa viral, cai por terra quando analisada do ponto de vista da resposta imunologica que essa infeccao provoca. E sabido que a resposta humoral do sistema imune necessita de um certo tempo, apos o contato com o patogeno, para que haja a producao de anticorpos, e dessa forma, o uso precipitado de corticoides de maneira preventiva, pode inibir a resposta adaptativa impedindo apresentacao de antigeno aos linfocitos B. Em contra partida, a postergacao prolongada da administracao desses farmacos pode ser incapaz de conter uma resposta imunologica ja fora de controle. Sendo assim, ainda na falta de um protocolo nacional de tratamento e criterios adequados para a conduta dessa doenca, talvez focar em conter a inflamacao no tempo certo possa ser uma opcao eficaz.

Volume 2
Pages 45-45
DOI 10.51161/REMS/987
Language English
Journal None

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