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Racismo e machismo

 
 

Abstract


O processo de abolição dos negros e negras em situação de escravidão no Brasil durou cerca de 38 anos (DOMINGUES, 2007) e (RIBEIRO, 2008). Entretanto, após 138 anos da data de “abolição”, o racismo ainda é muito presente no cotidiano da população negra, se materializando através das relações sociais e do próprio Estado, caracterizando o racismo institucional. Essa violência dirigida ao povo negro deu ensejo a origem do movimento negro\xa0no país, que visa relatar situações onde a população negra sofre desagravos por preconceito. O\xa0objetivo geral do presente trabalho é trazer reflexões em torno das dificuldades que as mulheres negras sofrem diariamente, sobretudo devido ao racismo e a divisão sexual do trabalho e de acesso ao ensino superior no Brasil. Para isso, discorre brevemente sobre a política afirmativa de cotas raciais, realizando um recorte de gênero, a fim de debater a desigualdade racial e de gênero, fazendo uma análise sobre a ausência de políticas públicas na sociedade capitalista brasileira. A metodologia utilizada foi de pesquisa bibliográfica e documental sobre o processo de “abolição” da escravidão, movimento negro, divisão sexual do trabalho, racismo e as iniciativas reivindicadas pela população negra e aderidas pelo\xa0Estado. Os principais resultados obtidos evidenciam que através da redemocratização do Estado houve garantias de direitos fundamentais, no entanto se faz necessário superação efetiva do racismo, patriarcado e capitalismo, que se materializam de forma estrutural na sociedade, construindo de forma coletiva uma nova ordem societária sem exploração de gênero, raça e classe.

Volume 5
Pages 1333-1344
DOI 10.5433/SGPP.2018V5.P1333
Language English
Journal None

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