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A correspondência entre a princesa Isabel da Boémia e René Descartes e a teoria das emoções

 

Abstract


A correspondência (1643-1649) entre a princesa Isabel da Boémia e René Descartes, só integralmente conhecida em finais do século XIX, é reveladora de preocupações comuns e de afeição mútua. O presente artigo visa recuperar o lugar de Isabel na evolução da filosofia em geral, e da antropologia cartesiana em particular. Aplica-se a hermenêutica a uma conversação que não teria cabimento numa obra formal, de modo a entender como temas do quotidiano se tornaram objeto de reflexão e, inversamente, essa reflexão veio lançar luz sobre esses mesmos temas. Na sequência de estudos de Henriques (1996) e dos contributos marcantes de Shapiro (1999) e Jeffery (2018) sugere-se como a teoria das emoções de Isabel proporcionou a Descartes a evolução do tratamento da dualidade de corpo e alma no Tratado sobre as paixões da alma (1649), já fora do escopo deste artigo.

Volume 13
Pages None
DOI 10.7213/2175-1838.13.ESPEC.DS06
Language English
Journal None

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