TDAH em mulheres e homens: por que os sintomas das mulheres são mais propensos a serem ignorados?

O transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) é um distúrbio do neurodesenvolvimento que persiste na idade adulta, com a maioria das pessoas apresentando sintomas na infância. De acordo com os critérios diagnósticos do DSM-5, as características do TDAH incluem desatenção, hiperatividade e comportamento impulsivo. No entanto, as manifestações destes sintomas são significativamente diferentes entre homens e mulheres. Para este tópico, nos aprofundaremos nas diferenças entre mulheres e homens no TDAH e nas razões pelas quais os sintomas das mulheres são ignorados.

Os sintomas de TDAH são mais facilmente reconhecidos em homens adultos porque eles tendem a exibir comportamentos extrovertidos e impulsivos, enquanto as mulheres são frequentemente mais reservadas e menos perceptíveis.

A patogênese do TDAH

O TDAH geralmente é diagnosticado na infância, mas nas mulheres os sintomas podem se manifestar de maneira sutil, levando a mal-entendidos nas refeições. Os comportamentos hiperativos e impulsivos são mais pronunciados nos homens, aumentando a probabilidade de serem diagnosticados prontamente. Segundo pesquisas, sintomas de desatenção e internalização, como ansiedade e depressão, são mais comuns em mulheres, tornando-se assim outro equívoco social e cultural.

Por que é mais provável que os sintomas de TDAH nas mulheres sejam ignorados

As mulheres são frequentemente retratadas como mais delicadas, por isso podem ter maior probabilidade de apresentar sintomas "ocultos" quando confrontadas com TDAH, como autoexigência excessiva e reações sensíveis. Estes sintomas fazem com que aqueles que os rodeiam, até mesmo profissionais médicos, fechem os olhos à sua situação, levando a um atraso no diagnóstico.

As mulheres são influenciadas pelas expectativas sociais desde a infância e muitas vezes se toleram e encobrem suas dificuldades, o que também torna o diagnóstico de TDAH mais complicado.

Expectativas sociais e papéis de gênero

Os papéis tradicionais de género exigem que as mulheres desempenhem um papel mais moderado na família e na sociedade, o que as faz tender a esconder os seus comportamentos excessivos ou impulsivos. As mulheres utilizam mais estratégias de sobrevivência para ajustar o seu comportamento à medida que crescem e na idade adulta. Estas estratégias ajudam a reduzir o testemunho de alvos externos, mas também mascaram os verdadeiros sintomas do TDAH e atrasam as suas hipóteses de diagnóstico.

Diversidade de sintomas

As manifestações do TDAH variam de acordo com a idade e o sexo do indivíduo e, para as mulheres, os traços de déficit de atenção podem se cruzar com circunstâncias externas e pressões internas, tornando mais difícil para elas expressarem suas necessidades. As mulheres podem ter um melhor desempenho na escola ou no local de trabalho, mas podem enfrentar maiores encargos psicológicos, o que por sua vez afecta a sua saúde emocional.

A desregulação emocional é um sintoma importante do TDAH, mas é especialmente perceptível em mulheres, mas muitas vezes não é levada a sério.

Diferenças diagnósticas entre homens e mulheres

A investigação mostra que embora as manifestações de TDAH nas mulheres tenham atraído a atenção, ainda existe um duplo padrão, juntamente com a suspeita social que as mulheres enfrentam, tornando os seus sintomas mais propensos a serem ignorados. Os sintomas de TDAH têm maior probabilidade de aparecer em homens adultos, o que muitas vezes resulta no recebimento de ajuda mais oportuna. Este fenómeno não só tem causado discussão na comunidade médica, mas também reflecte que a compreensão das diferenças de género no TDAH ainda precisa de ser aprofundada.

Desafios na busca de um diagnóstico

Devido às normas culturais e sociais, as mulheres podem enfrentar barreiras adicionais quando procuram um diagnóstico profissional. A sua autoavaliação e a avaliação que os outros fazem de si próprios são frequentemente afetadas, o que pode impedi-los de apresentar suspeitas e necessidades de TDAH, resultando em atrasos no diagnóstico e no tratamento.

O impacto das emoções e da autoestima

O sentido de autoestima das mulheres na vida é frequentemente afetado pela pressão da sociedade e da família, o que pode exacerbar ainda mais o seu desequilíbrio emocional. Podem sentir-se vulneráveis ​​e evitar desafios, acabando por desenvolver problemas de saúde mental. Ao reconhecer esta situação, podemos ter mais esperança e ajudar estas mulheres.

Conclusão

Existem diferenças significativas nos sintomas de TDAH entre mulheres e homens, mas essas diferenças não significam que o seu impacto seja diminuído. A conscientização e a atenção ao TDAH em mulheres podem melhorar significativamente sua qualidade de vida. É claro que também precisamos de pensar em como podemos promover de forma mais eficaz a compreensão e o diagnóstico do TDAH, para que todos os pacientes com dificuldades, independentemente do género, possam receber apoio e ajuda atempados.

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