O dímero D é um produto da degradação da fibrina no sangue que geralmente aparece após a dissolução de um coágulo sanguíneo. Introduzido na década de 1990, o teste de dímero D é essencial para qualquer pessoa com suspeita de condições trombóticas, como trombose venosa profunda e embolia pulmonar. Este teste não apenas ajuda os médicos a descartar coágulos sanguíneos, mas também pode fornecer indicações de outras condições subjacentes. À medida que a compreensão do dímero D se aprofunda, os pesquisadores descobriram que a idade tem um impacto importante nos resultados de detecção do dímero D, portanto, ajustar o padrão de idade se tornou necessário.
Os níveis de dímero D aumentam com a idade, tornando os resultados dos testes padrão de dímero D potencialmente enganosos em pacientes mais velhos.
A coagulação sanguínea resulta da ativação de múltiplas proteínas na cascata de coagulação, que pode ser alcançada pelo contato com o colágeno na parede do vaso sanguíneo danificado (via intrínseca) ou pela ativação do fator VII pelo fator ativado pelo tecido (via extrínseca). Ambas as vias levam à produção de uma enzima chamada trombina, que converte a proteína plasmática solúvel fibrinogênio em fibrina, que então se agrega em fibrilas. Por fim, forma-se um gel insolúvel que fornece suporte ao coágulo sanguíneo. O D-dímero no sangue é produzido por meio desse processo. Quando a fibrina é degradada, a estrutura de dois fragmentos D ainda é retida, o que é a origem do nome D-dímero.
O teste de dímero D é frequentemente indicado em situações clínicas em que há suspeita de trombose venosa profunda (TVP), embolia pulmonar (EP) ou coagulação intravascular disseminada (CID). Profissionais médicos usam sistemas de pontuação, como a pontuação de Wells, para determinar a probabilidade pré-teste dessas condições. Para pacientes de alta probabilidade, a terapia de anticoagulação será continuada mesmo se o resultado do dímero D for alto. Por outro lado, para pacientes com probabilidades baixas a moderadas, um resultado negativo de dímero D pode ajudar a descartar doença trombótica.
Um resultado negativo de dímero D exclui quase completamente a possibilidade de doença trombótica, o que é crucial para reduzir exames de imagem desnecessários.
Os valores do dímero D aumentam com a idade, tornando a idade um fator importante na interpretação dos resultados do teste do dímero D. Para pacientes com mais de 50 anos, é recomendado definir o valor de corte do teste como "idade × 10 μg/L", o que pode reduzir a taxa de falsos positivos sem aumentar significativamente a taxa de falsos negativos. O uso desses critérios ajustados permite uma avaliação mais precisa do risco trombótico em pacientes com mais de 50 anos.
Para pacientes idosos, a faixa normal de valores de dímero D pode ser diferente. Níveis elevados de dímero D podem indicar a presença de coágulos sanguíneos, mas também podem ser causados por outros fatores, como doença hepática, inflamação, malignidade ou cirurgia recente. Portanto, os médicos precisam ser cautelosos ao interpretar os resultados do dímero D e combiná-los com as manifestações clínicas do paciente e outros resultados de exames.
Diferentes kits de detecção têm diferentes sensibilidades e especificidades para o dímero D. Em alguns casos, resultados errôneos podem resultar de problemas durante a coleta da amostra, particularmente concentração inadequada de anticoagulante ou amostra insuficiente. Seguir procedimentos operacionais padrão ao realizar testes de dímero D pode reduzir a ocorrência desses problemas e melhorar a confiabilidade dos resultados.
À medida que o teste de dímero D se torna mais amplamente utilizado na prática clínica, entender sua interpretação e definição de padrões se torna cada vez mais importante. Especialmente para pacientes com mais de 50 anos, como ajustar os critérios de teste para melhorar a precisão do diagnóstico? Esta ainda é uma questão que precisa ser mais explorada?