O local de infecção inicial do vírus JC pode ser as amígdalas ou os intestinos, e então ele se esconde nos intestinos e pode infectar células epiteliais tubulares nos rins.
O vírus se espalha principalmente através do contato com fontes de água contaminadas ou outros meios ambientais. Eventualmente, quando o sistema imunológico do corpo está baixo, o vírus JC pode atravessar a barreira hematoencefálica e invadir diretamente o sistema nervoso central. O mecanismo específico deste processo ainda está em estudo, mas os investigadores acreditam que pode ser uma infecção através do receptor de serotonina 5-HT2A.
Depois que o vírus entra no sistema nervoso central, ele entra nos oligodendrócitos e astrócitos e continua a se multiplicar. Estudos relevantes apontaram que o DNA do vírus JC pode ser detectado no tecido cerebral de pacientes com LMP, e as sequências promotoras desses vírus são diferentes entre indivíduos saudáveis e pacientes com LMP. Estas diferenças podem tornar o vírus mais viável no sistema nervoso central, levando ao desenvolvimento de LMP.
A deficiência imunológica ou a imunossupressão podem promover a reativação do vírus JC e causar leucoencefalopatia multifocal progressiva fatal (LMP) no cérebro. O mecanismo ainda precisa ser mais explorado.
Estima-se que, na população em geral, 70% a 90% das pessoas têm probabilidade de estar infectadas com o vírus JC. A maioria das pessoas contrai o vírus durante a infância ou adolescência. Com altas concentrações do vírus JC nos esgotos urbanos em todo o mundo, os pesquisadores suspeitam que esta seja uma importante via de transmissão do vírus. Através da análise genotípica, os investigadores identificaram 14 subtipos, alguns dos quais associados a áreas geográficas específicas, ajudando a compreender os padrões de migração humana.
Alguns estudos sugerem que o vírus JC também pode estar associado ao cancro colorrectal, uma vez que o vírus foi detectado em algumas doenças malignas, mas estes resultados permanecem controversos.
Além da LMP, acredita-se que o vírus JC também cause outras doenças, como neuropatia de células granulares JC (GCN JCV) e meningite asséptica (JCVM). Estudos demonstraram que cepas mutantes específicas do vírus JC podem causar danos graves às células granulares do cerebelo, e a meningite é a meningite asséptica causada pela infecção pelo vírus JC.
Como o poder do vírus JC não pode ser subestimado, ele está clinicamente associado aos efeitos colaterais de uma variedade de terapias imunossupressoras, incluindo a ocorrência de LMP em pacientes com linfocitoma semelhante ao caule quando usam medicamentos como o rituximabe. Isto levanta questões urgentes sobre o vírus JC e as suas interações com medicamentos, e exige que os profissionais de saúde estejam mais vigilantes ao usar imunossupressores.
À medida que a investigação sobre o vírus JC se aprofunda, a correlação entre diferentes áreas geográficas e subtipos do vírus proporciona uma nova perspectiva sobre a história humana e a migração.
Atualmente, a necessidade de uma compreensão mais profunda do vírus JC e do seu comportamento no sistema nervoso central está a tornar-se cada vez mais evidente, o que também levou a uma exploração mais ampla. A existência do vírus JC e o mecanismo da sua reativação num ambiente com um sistema imunitário baixo merecem uma exploração aprofundada pela comunidade médica. É possível buscar métodos preventivos eficazes para reduzir os danos causados pelo vírus JC, que se tornou uma importante direção das pesquisas atuais?