Da cor à forma: como os padrões de colonização microbiana revelam sua identidade?

Em microbiologia, morfologia colonial se refere à aparência visual de bactérias ou fungos observados em placas de ágar, que é o primeiro passo na identificação de microrganismos desconhecidos. O exame cuidadoso da aparência dessas colônias, com foco em aspectos como tamanho, formato, cor, transparência e consistência, pode fornecer pistas sobre a identidade do organismo, ajudando os microbiologistas a escolher métodos de teste apropriados para identificação definitiva.

Quando a amostra chega ao laboratório de microbiologia, ela é primeiro inoculada em meio de ágar e depois colocada em uma incubadora para promover o crescimento microbiano. Como a aparência da colonização microbiana muda à medida que ela cresce, os exames geralmente são realizados de 18 a 24 horas após a inoculação, mas para organismos de crescimento mais lento, como fungos, o tempo pode variar.

Os microbiologistas primeiro avaliam as características morfológicas das colônias e registram características específicas, como tamanho, cor, formato, consistência e transparência. Ao observar características macroscópicas, uma lente de mão ou uma lupa podem ser usadas para permitir uma visão mais detalhada. Na colonização microbiana, a transparência pode ser classificada como transparente, translúcida ou opaca. Estafilococos são geralmente opacos, enquanto muitas espécies de Streptococcus são translúcidas.

O formato geral da colônia pode ser descrito como redondo, irregular ou pontilhado (como uma picada de alfinete). A avaliação das laterais da placa de cultura, pressionando-a, pode revelar as características de crescimento vertical da colonização, que pode ser descrita como plana, elevada, convexa, abobadada (muito convexa), côncava no meio ou convexa no meio. As margens coloniais podem ser classificadas em características suaves, ásperas, irregulares e filigranas.

Por exemplo, a aparência filamentosa do Bacillus anthracis é às vezes descrita como semelhante à cabeça da Medusa. A consistência da colonização pode ser verificada por manipulação física usando instrumentos esterilizados e pode ser descrita usando termos como crocante, cremoso, fibroso e seco. Estafilococos são considerados como tendo uma consistência cremosa, enquanto algumas espécies de Neisseria são fibrosas, e a colonização por Corynebacterium diphtheroide e Streptococcus beta-hemolítico é geralmente seca.

Uma das características adicionais é que, quando alguns microrganismos são cultivados em meios de cultura sanguínea, eles podem digerir o sangue, resultando em hemólise visual (destruição de glóbulos vermelhos) no meio de cultura. Na morfologia colonial, a hemólise é dividida em três tipos: hemólise alfa, hemólise beta e hemólise gama. Na hemólise alfa, o sangue é parcialmente digerido, fazendo com que a área ao redor da colônia fique verde, enquanto na hemólise beta, os microrganismos digerem completamente o sangue, deixando uma área limpa ao redor da colônia. Organismos que não produzem hemólise são chamados de gama hemolíticos.

Os odores biológicos são às vezes considerados parte da morfologia colonial. Embora não seja recomendado cheirar culturas microbianas conscientemente, certos organismos produzem odores característicos que podem ser detectados durante inspeções de rotina. Por exemplo, Pseudomonas aeruginosa tem um odor semelhante ao de uva, enquanto Staphylococcus aureus é descrito como tendo cheiro de meias velhas.

Essas morfologias coloniais são caracterizadas não apenas pela cor e forma, mas também pela dinâmica e produção de cromatina. Por exemplo, Pseudomonas aeruginosa produz um pigmento cianina e flavina que dá às colônias um brilho verde, enquanto alguns espécimes de Serratia marcescens produzem um pigmento vermelho-alaranjado. Organismos que nadam em grupos, como a família Proteus, se expandem para fora do ponto de inoculação para formar ondas concêntricas.

A observação da morfologia colonial é o primeiro passo na identificação de espécies microbianas. Com base na aparência visual da colonização, os microbiologistas podem rastrear possíveis organismos e, assim, selecionar o teste apropriado para fornecer um diagnóstico definitivo. Por exemplo, se um microbiologista observa a colonização por uma espécie semelhante ao Staphylococcus, ele pode realizar um teste de enzima catalítica para confirmar que pertence a esse gênero e um teste de coagulase para determinar se é coagulase negativa ou se tem Potencial patogenicidade, como S. aureus.

Na prática da microbiologia clínica, embora técnicas automatizadas como MALDI-TOF sejam cada vez mais usadas para identificar microrganismos, a morfologia colonial ainda desempenha um papel importante na distinção de patógenos da flora normal. Isso não é apenas crucial para a identificação correta, mas também serve para confirmar a identidade quando técnicas automatizadas dão resultados incertos.

Quando exploramos padrões de colonização microbiana, não estamos apenas observando cores e formas, mas também entendendo o significado biológico mais profundo por trás desses fenômenos. Você já se perguntou como essas formas afetam a função dos microrganismos e seu papel no ecossistema?

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