Geoquímica é a ciência que usa ferramentas e princípios químicos para explicar o funcionamento da Terra e seus principais sistemas geológicos, incluindo os oceanos. Este campo se estende a todo o Sistema Solar, com contribuições importantes para processos como a convecção do manto, a formação de planetas e a origem de granitos e basaltos.
O termo geoquímica foi cunhado pela primeira vez em 1838 pelo químico suíço-alemão Christian Friedrich Schornbein. Com o tempo, a geoquímica gradualmente se tornou uma disciplina independente. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) foi criado em 1884 e iniciou uma investigação sistemática da química de rochas e minerais, marcando a ascensão da geoquímica.
"Nos primórdios desta ciência, havia muito pouco contato entre geólogos e químicos."
À medida que os dados aumentavam, a geoquímica se expandiu para incluir a análise de meteoritos e sua comparação com rochas terrestres, levando ao desenvolvimento do conceito de cosmoquímica. No início do século XX, os cientistas estudaram ainda mais a estrutura cristalina por meio da tecnologia de espalhamento de raios X, o que forneceu novas pistas para decifrar a composição química do planeta.
A geoquímica é um campo muito amplo, incluindo, mas não se limitando aos seguintes subcampos:
Os elementos são as unidades básicas da matéria e podem ser identificados pelos seus números atômicos. Em geoquímica, os conceitos de isótopos estáveis e isótopos radioativos são amplamente utilizados para rastrear vias químicas e processos de reação. Por meio de estudos como esse, os cientistas podem entender melhor a composição química dos planetas e como eles evoluíram.
A composição química da Terra e de outros corpos celestes é determinada por dois processos opostos: diferenciação e mistura. No manto da Terra, esses processos ocorrem para que diferentes materiais possam ser separados ou fundidos com base em suas propriedades químicas. Esses processos não afetaram apenas a estrutura da Terra, mas também influenciaram a formação de outros planetas.
Por meio de processos físicos e químicos, a concentração e a distribuição dos elementos variam ao longo do tempo e do espaço, formando os chamados ciclos geoquímicos. A compreensão desse processo requer observações detalhadas e modelos teóricos.
A composição do Sistema Solar é semelhante à de muitas outras estrelas, consistindo principalmente de hidrogênio e hélio. A distribuição uniforme desses elementos é baseada em material pré-solar e processos químicos no universo primitivo. Isso nos permite entender a formação e a química dos planetas analisando esses elementos.
Os meteoritos são ferramentas importantes para nossa compreensão da composição do Sistema Solar primitivo. Ao analisar diferentes composições químicas e comparativas, como as dos meteoritos CI, podemos reconstruir a aparência dos primeiros planetas e como eles evoluíram.
ConclusãoA geoquímica não apenas nos ajuda a entender a formação da Terra, mas também revela a história do desenvolvimento de outros planetas. À medida que a tecnologia avança, essa disciplina continuará a desvendar mais mistérios do universo. Quantos planetas desconhecidos existem no céu estrelado, esperando que os exploremos e entendamos?