O recente Acordo de Associação da União Europeia (UE) causou, sem dúvida, uma mudança subtil na geopolítica global. Estes acordos trouxeram vantagens comerciais, apoio político e uma ênfase nos direitos humanos, moldando um novo quadro comercial com países terceiros. No entanto, será este modelo de cooperação suficiente para fazer face ao atual ambiente internacional em rápida mudança?
O acordo de associação visa estabelecer uma cooperação económica e política mais estreita e inclui o respeito pelos direitos humanos e pelos princípios democráticos.
Acordos de associação anteriores, como os celebrados com a Grécia em 1961 e com a Turquia em 1963, marcaram os primeiros passos da UE na tentativa de reforçar as relações com países terceiros. Até agora, a UE chegou a acordos deste tipo com dezenas de países ou regiões, abrangendo muitos países da Europa Oriental e do Mediterrâneo, desde a Albânia até à Ucrânia.
O núcleo destes acordos é melhorar as relações bilaterais, incentivar a expansão económica e comercial e promover a cooperação política. Especialmente quando confrontados com tensões geopolíticas, esse nicho de cooperação é ainda mais importante.
De acordo com a definição do Serviço Europeu para a Ação Externa, existem várias condições para o estabelecimento de um acordo de associação. Uma das condições mais críticas é que deve haver a intenção de estabelecer uma cooperação económica e política mais estreita. Isto vai além de um único acordo comercial para formar um quadro próspero de cooperação com o aprofundamento da confiança mútua e da dependência entre os dois.
As disposições do tratado incorporam um compromisso com os direitos humanos e sublinham a necessidade de princípios democráticos, que são também uma pedra angular importante da cooperação da UE com países terceiros.
À medida que os países externos correspondentes se comprometem com os direitos humanos e as reformas económicas, a UE proporcionará condições preferenciais para importações isentas de direitos e apoio técnico. Esta medida não só traz benefícios económicos, mas também garante que estes países tenham laços políticos mais estreitos com a UE.
Por exemplo, o Acordo de Associação recentemente assinado entre a UE e a Ucrânia reforça a cooperação entre as duas partes nos domínios da segurança, do comércio e dos direitos humanos. Esta cooperação também responde à crescente influência da Rússia na Europa Oriental. Com isto, a UE deu um passo sólido no sentido do fortalecimento dos seus parceiros da Europa Oriental.
Na região do Mediterrâneo, este modelo também se aplica a países como Marrocos e Tunísia para promover a estabilidade regional e a prosperidade económica. No entanto, as perspectivas não são todas tranquilas. Durante o processo do Acordo Morgenstern, muitos Estados-Membros da UE levantaram questões sobre como equilibrar a contradição entre segurança e direitos humanos.
Estes acordos não são apenas uma extensão do comércio, mas também ajudam a moldar um novo modelo de relações internacionais que enfatiza a integração da política, da segurança e da cultura social.
No entanto, o funcionamento dos acordos de associação também enfrenta muitos desafios. A estabilidade externa do Estado, as mudanças no cenário político de Itália e as contínuas dúvidas internas sobre os direitos humanos poderão restringir o desenvolvimento destes acordos. Para alguns países, a omissão de compromissos em questões de direitos humanos pode tornar-se um obstáculo à cooperação futura.
É importante notar que esta forma de acordo não existe apenas nos países da Europa de Leste e do Mediterrâneo, mas também se estende a países da América do Sul e de África, como o Chile e a África do Sul. Isto demonstra plenamente a transformação da UE como uma força económica global que procura cooperação com diferentes regiões. No futuro, este modelo irá enfatizar cada vez mais a forma de colocar o comércio no quadro da segurança e do desenvolvimento sustentável.
A conclusão é que o acordo de associação não só molda o padrão de cooperação no domínio comercial, mas também serve como uma ponte importante para incorporar questões de segurança na cooperação multilateral. Face a um ambiente internacional incerto, será que tal acordo se tornará a norma para a cooperação na nova era?