A desoxirribozima, ou DNAzima, está gradualmente atraindo ampla atenção na comunidade científica. Embora essa molécula única do tipo enzima possa catalisar reações químicas, ela é bastante rara na natureza. Comparadas com outras enzimas, como proteínas e enzimas de RNA, as desoxirribozimas têm uma curta história de descoberta e quase não há registros de sua ocorrência na natureza. Isso faz das DNAzymes um tesouro escondido na pesquisa bioquímica atual.
As desoxirribozimas não são apenas catalisadores, mas também podem ser a chave para explorar a origem da vida e da bioquímica. Seus registros em branco desafiaram repetidamente a cognição dos cientistas.
A raridade das enzimas de DNA, comparada às abundantes enzimas proteicas e enzimas de RNA descobertas na biologia na década de 1980, fornece insights profundos. A estrutura do DNA limita sua capacidade catalítica. Em particular, comparadas com a diversidade funcional das proteínas, as quatro estruturas de nucleotídeos da desoxirribose são relativamente simples, fazendo seu efeito catalítico parecer inadequado.
Devido ao número limitado de componentes metabólicos básicos, as desoxirribozimas são limitadas a três tipos de interações em reações catalíticas: ligação de hidrogênio, empilhamento π e coordenação de íons metálicos.
Por um lado, a ausência do grupo 2'-hidroxila específico do RNA na desoxirribose enfraquece ainda mais o potencial do DNA como catalisador. Por outro lado, a estrutura de dupla hélice do DNA inibe sua capacidade de formar uma estrutura terciária altamente flexível, tornando seu efeito catalítico inerentemente limitado. Mesmo assim, a existência de DNAzimas ainda prova seu valor e ainda podem exibir desempenho catalítico superior em alguns ambientes específicos.
As enzimas de DNA podem realizar uma variedade de reações químicas, sendo as ribonucleases as mais conhecidas. Essas moléculas catalisam a clivagem de ligações éster de nucleotídeos e formam terminais fosfato cíclicos. Desde 1994, os cientistas começaram a estudar esse tipo de molécula e descobriram vários tipos de desoxirribozimas, incluindo a GR-5. Essas enzimas podem ser modificadas por vários cofatores metálicos para alterar suas propriedades catalíticas, expandindo ainda mais seu potencial de aplicação.
Assim como a primeira enzima de DNA descoberta, a GR-5, sua capacidade catalítica excedeu a reação não catalisada em 100 vezes, revelando o incrível potencial dessas biomoléculas.
Como as desoxirribozimas raramente são encontradas na natureza, os cientistas geralmente descobrem novas desoxirribozimas por meio de técnicas de triagem in vitro. Essas técnicas de triagem são semelhantes ao SELEX, que usa conjuntos de sequências aleatórias de DNA sintético para filtrar moléculas com atividade catalítica específica. Por meio da cosseleção contínua e da expansão da triagem, os pesquisadores conseguiram rastrear sequências de DNAzimas eficazes, um processo que destaca um importante papel na pesquisa bioquímica.
Com o avanço da tecnologia, as DNAzimas têm sido aplicadas em muitos campos, incluindo supressão de vírus, tratamento de câncer e detecção de metais. Estudos demonstraram que as desoxirribozimas podem inibir efetivamente a proliferação de vírus influenza, coronavírus e muitos outros patógenos, e demonstraram potenciais efeitos terapêuticos na prática clínica.
Pesquisas recentes mostram que enzimas de DNA que têm como alvo fatores específicos de transcrição genética podem melhorar significativamente as respostas dos pacientes a doenças como a asma.
A descoberta e a aplicação de desoxirribozimas não apenas enriquecem nossa compreensão da biocatálise, mas também fornecem uma nova perspectiva para explorar a origem da vida. À medida que a pesquisa se aprofunda, as DNAzimas podem desempenhar um papel mais importante na biomedicina e na biotecnologia no futuro. Que tipo de surpresas e revelações esses tesouros escondidos na natureza nos trarão?