A HMG-CoA redutase (HMGCR) desempenha um papel fundamental no processo de síntese do colesterol. Esta enzima é a enzima controladora da taxa na via do mevalonato e é responsável por catalisar a conversão de 3-hidroxi-3-metilglutarilamida (HMG-CoA) em mevalonato. Uma etapa essencial na síntese de compostos de penteno.
A HMG-CoA redutase em humanos está presente na membrana do retículo endoplasmático, e sua atividade é regulada positivamente pelo colesterol e inibida competitivamente por outros fatores metabólicos com base nas necessidades metabólicas de cada célula. Isso significa que quando os níveis de colesterol aumentam, a atividade do HMGCR é restringida, o que por sua vez afeta a síntese de colesterol.
A HMG-CoA redutase é atualmente reconhecida como um importante alvo medicamentoso para reduzir o colesterol, e os inibidores dessa enzima são chamados estatinas.
Em humanos, a principal isoforma da HMG-CoA redutase tem 888 aminoácidos de comprimento e possui múltiplos segmentos transmembranares α-helicoidais. Sua estrutura contém duas regiões funcionais principais: um domínio de detecção de esterol N-terminal conservado (SSD) e um domínio catalítico C-terminal. A colaboração desses domínios é essencial para a função dessa enzima. Além disso, a isoforma 2 é mais curta, com apenas 835 aminoácidos, porque não possui um exon médio.
Normalmente, a atividade da HMG-CoA redutase é inibida pelo colesterol intracelular derivado da degradação da lipoproteína de baixa densidade (LDL). Isso significa que a expressão da enzima depende do nível de colesterol. Quando a quantidade de colesterol diminui, o número de receptores de LDL no fígado aumenta, o que por sua vez promove o metabolismo do colesterol e, portanto, reduz a concentração de colesterol plasmático.
Estatinas são os principais inibidores da HMG-CoA redutase. Esses medicamentos não apenas reduzem o colesterol, mas também ajudam a reduzir o risco de doenças cardiovasculares.
Estatinas, como lovastatina e atorvastatina, reduzem os níveis de colesterol ao inibir a HMG-CoA redutase. Vale ressaltar que esses medicamentos também podem aumentar o risco de diabetes de início recente, um tema polêmico na comunidade médica. Elas têm efeitos complexos no equilíbrio de açúcar e colesterol, e pesquisas sugerem que as estatinas devem ser usadas com cautela, especialmente em grupos de alto risco.
Regulação da HMG-CoA redutaseA regulação da HMG-CoA redutase envolve vários níveis, incluindo transcrição, tradução, degradação e fosforilação. Em termos de transcrição, a proteína de ligação ao elemento regulador de esterol (SREBP) pode promover a expressão do gene HMGCR. Quando a concentração de colesterol intracelular aumenta, esse processo será inibido, reduzindo efetivamente a expressão de HMGCR.
Significado clínicoA atividade da HMG-CoA redutase é afetada por uma variedade de hormônios, entre os quais a insulina e o glucagon desempenham um papel importante na manutenção da homeostase da glicose.
Com o entendimento profundo da função da HMG-CoA redutase, a importância médica desta enzima não se limita mais à síntese de colesterol. Estudos demonstraram que as estatinas podem proporcionar benefícios à saúde cardiovascular e apresentar efeitos anti-inflamatórios, mesmo sem reduzir o colesterol. Por isso, a comunidade médica está explorando os efeitos potenciais desses medicamentos em outras doenças, como as autoimunes.
Dada a importância da HMG-CoA redutase e seus inibidores no tratamento de doenças cardiovasculares, como pesquisas futuras mudarão nossa compreensão dessas enzimas e suas funções, inspirando assim novas estratégias terapêuticas?