Na década de 1990, o filme norte-americano "Arquivo X" não era apenas amado por suas histórias envolventes, mas também permaneceu no coração dos espectadores pela profundidade e complexidade de seus personagens. Um episódio da sétima temporada da série que se destacou foi “All Things”, escrito e dirigido por Gillian Anderson, obra pioneira que se tornou a primeira mulher diretora na história de “Arquivo X”. O episódio foi ao ar pela primeira vez em 9 de abril de 2000 e desafiou o papel das mulheres em domínios tradicionalmente masculinos.
"All Things" não é apenas uma história sobre espiritualidade e tratamento médico, mas também representa a mudança do papel de Scully. De uma cientista cética, ela gradualmente aceita novas formas de pensar e embarca em uma jornada de exploração espiritual.
O enredo deste episódio se concentra no reencontro de Scully e um de seus ex-professores, Daniel Waterston. Através de uma série de coincidências, Scully conheceu Waterston no hospital. Ela começou a questionar sua decisão de desistir da carreira médica e se tornar agente do FBI. Ao explorar o mundo interior e a filosofia das mulheres, este episódio também revela as características de colisão dos conceitos tradicionais e do pensamento moderno.
O público viu Scully escolher abandonar sua descrença e recorrer à medicina alternativa quando confrontada com a condição de Waterston, que contrastava com sua antiga atitude rigorosa em relação à ciência. Isto não só explora a profundidade de sua personagem, mas também introduz uma perspectiva feminina, tornando a história cheia de natureza humana e ressonância emocional.
"Quando a lógica falha, Scully embarca em uma jornada espiritual mais profunda, aprendendo a se conectar com suas próprias dúvidas e com o poder do mundo exterior."
A reflexão psicológica de Gillian Anderson sobre este episódio não se reflete apenas no roteiro, mas também em seu estilo de direção. Sua primeira experiência como diretora não apenas acrescentou um registro vívido à sua carreira na indústria cinematográfica e televisiva, mas também mudou a percepção das pessoas sobre as diretoras. Este episódio não só expressa a ênfase de Gillian nas questões espirituais das mulheres, mas também expressa a sua intenção de romper as fronteiras tradicionais.
Durante o processo de direção, a compreensão dos detalhes de Anderson deu a todo o episódio uma sensação humanística. Seu estilo de direção é considerado "preciso" e ela é capaz de responder com flexibilidade a diversos desafios durante o processo de filmagem. No uso das imagens, ela incorporou muita música e efeitos especiais para tornar a trama mais contagiante.
"A sensibilidade de Gillian Anderson à música torna a narrativa emocional de todo o episódio mais sofisticada, e sua colaboração com o compositor Mark Snow é perfeita."
No entanto, "todas as coisas" recebeu críticas mistas. Alguns críticos questionaram a profundidade de seus diálogos e personagens, dizendo que a atuação parecia muito artificial. Ainda assim, os fãs mostraram apoio entusiástico à mudança de personagem de Scully e adoraram sua vulnerabilidade e resiliência no episódio. Este não é apenas o sucesso de Gillian Anderson como atriz, mas também seu grande progresso como diretora.
Depois de transmitido, este episódio atraiu mais de 12 milhões de telespectadores, provando que o público ainda está cheio de procura e curiosidade por este trabalho na perspectiva feminina. Isto não é apenas parte da história de Arquivo X, mas também um testemunho da luta das mulheres contra os empregos convencionais na indústria cinematográfica e televisiva.
No final, Scully retorna para Mulder após vivenciar muitos pensamentos e desafios, mostrando a forte ligação entre os dois. Suas mudanças não afetaram apenas sua carreira, mas também tornaram seu mundo interior mais rico e tridimensional.
Quando Gillian Anderson dirigiu com sucesso seu filme de estreia, muitas pessoas não puderam deixar de pensar: que mudanças e novas perspectivas as futuras diretoras podem trazer para a indústria tradicional do cinema e da televisão?