Nas discussões sobre orientação sexual, as experiências das pessoas bissexuais são frequentemente mal compreendidas ou subestimadas. A bissexualidade é definida como atração romântica ou sexual por homens e mulheres, de gêneros diferentes ou de todos os gêneros. Embora muitos acreditem que os conceitos binários de género limitam a forma como as pessoas bissexuais se podem identificar, a investigação científica mostra a fluidez e a diversidade das orientações sexuais. Isto levanta questões sobre se a orientação sexual pode realmente mudar ao longo do tempo.
Os cientistas geralmente acreditam que a formação da orientação sexual é afetada por muitos fatores, incluindo genes, hormônios e fatores ambientais, e não é uma escolha simples.
Segundo a definição da Associação Americana de Psicologia, a orientação sexual não é um conceito linear, mas um espectro entre dois extremos. Os indivíduos podem vivenciar diferentes estados de orientação sexual ao longo da vida, refletindo a complexidade das emoções e atrações humanas. A atração vem em muitas formas e pode incluir atração sexual, romântica, emocional ou física.
Muitos estudos demonstraram que as atrações sexuais e românticas das pessoas bissexuais não são fixas e podem mudar com o tempo.
Em um estudo de longo prazo sobre o desenvolvimento da identidade LGB (lésbicas, gays e bissexuais) na juventude, os estudiosos descobriram que entre um terço e um quarto dos jovens que inicialmente se autoidentificaram como bissexuais optam posteriormente por se identificar como gay. Isto mostra que a bissexualidade é frequentemente vista como uma identidade transitória e não como uma posição fixa.
Na década de 1940, Alfred Kinsey criou a Escala Kinsey para medir o continuum da orientação sexual, variando de exclusivamente heterossexual a exclusivamente homossexual. Nesta escala, aqueles que estão na escala de 2 a 4 são geralmente considerados bissexuais.
No entanto, a Escala Kinsey tem enfrentado algumas críticas, particularmente no que diz respeito à sua natureza relativa de atratividade masculina e feminina. Muitos estudiosos acreditam que esta oposição simplificada já não capta totalmente a complexidade da orientação sexual contemporânea.
No que diz respeito à formação da orientação sexual, os cientistas sociais enfatizam a influência de fatores sociais e culturais. Muitos bissexuais enfrentam preconceitos e restrições da cultura familiar e social ao explorarem a sua orientação sexual. Este contexto social cria desafios para a autopercepção bissexual, e muitas pessoas que procuram validação na sua identidade bissexual muitas vezes lutam com o preconceito do mundo exterior.
Os interesses e experiências bissexuais são frequentemente marginalizados na cultura dominante. Mesmo assim, muitas pessoas permanecem ativas nas discussões sobre a fluidez e a identidade da orientação sexual e defendem uma sociedade mais inclusiva.
Muitos especialistas em psicologia acreditam que, à medida que o diálogo social progride, o conceito de bissexualidade poderá tornar-se mais popular e as fronteiras entre género e orientação sexual tornar-se-ão cada vez mais confusas.
Nos últimos anos, a investigação sobre a bissexualidade e outras orientações sexuais não-monossexuais tem recebido gradualmente atenção, e os estudiosos têm explorado cada vez mais a fluidez das pessoas bissexuais entre género e orientação sexual. Isto não só reflecte a complexidade das identidades sexuais contemporâneas, mas também desafia as estruturas binárias tradicionais de orientação sexual.
Com base nas considerações acima, não podemos deixar de perguntar: na era atual de fluidez, é possível que todos descubram ou explorem o potencial de mudança de sua orientação sexual ao longo do tempo?