A fração inspirada de oxigênio (FIO2) desempenha um papel fundamental na avaliação da saúde respiratória pela comunidade médica. FIO2 é uma medida da concentração de oxigênio no ar inspirado. A concentração de oxigênio no ar ambiente normal é de cerca de 21%, correspondendo a uma FIO2 de cerca de 0,21. Entretanto, na prática médica, é prática comum fornecer ar enriquecido com oxigênio com concentrações de oxigênio maiores que esse padrão para pacientes com dificuldades respiratórias. Essa abordagem pode efetivamente aumentar o suprimento de oxigênio do paciente e, assim, melhorar sua condição respiratória.
Quando não há oxigênio suficiente, a saúde do seu sistema respiratório pode ser gravemente afetada.
Na prática clínica, a FIO2 é usada como um proxy para a concentração de oxigênio nos alvéolos envolvidos na troca gasosa. À medida que a pressão atmosférica muda, o FIO2 pode permanecer constante enquanto a pressão parcial de oxigênio muda. Portanto, a medição da FIO2 é de grande importância para avaliar alterações na função pulmonar e na demanda de oxigênio dos pacientes. Especialmente na unidade de terapia intensiva (UTI), a FIO2 é um parâmetro importante no sistema de pontuação de cuidados críticos APACHE II. Quando o valor da FIO2 atinge ou excede 0,5, o gradiente de oxigênio entre os alvéolos e as artérias precisa ser considerado.
A relação entre PaO2, ou pressão parcial de oxigênio no sangue arterial, e FIO2 é chamada de índice de Horowitz ou índice de Carrico, e essa relação ajuda os médicos a avaliar problemas com a transferência de oxigênio nos pulmões. De modo geral, a PaO2 de um adulto saudável deve estar entre 60 e 100 mmHg, e a faixa normal da relação PaO2/FIO2 é de aproximadamente 300 a 500 mmHg em condições de ar ambiente padrão (FIO2 é aproximadamente 0,21).
Quando a relação PaO2/FIO2 é menor ou igual a 200 mmHg, o diagnóstico de síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) pode ser considerado.
Para entender melhor a condição do sistema respiratório, os médicos geralmente contam com a relação PaO2/FIO2 para identificar diferentes graus de dispneia. De acordo com estudos recentes, quando a relação PaO2/FIO2 é menor que 300 mmHg, ela é classificada como SDRA leve. Este indicador é crucial para avaliar o prognóstico de pneumonia, SDRA e outras doenças respiratórias, e pode ser usado para orientar estratégias de tratamento de pacientes.
Na prática clínica, amostras de teste de gases sanguíneos são usadas para medir PaO2. Por exemplo, se a PaO2 de um paciente for 100 mmHg e a concentração de oxigênio FIO2 que ele inala for 50% (ou seja, 0,5), então sua razão PaO2/FIO2 é calculada como 100 mmHg / 0,5, o que dá um resultado de 200 mmHg.
Essa proporção não é usada apenas para diagnóstico, mas também ajuda os médicos a desenvolver tratamentos mais eficazes.
No geral, compreender a relação entre PaO2 e FIO2 pode nos ajudar a avaliar melhor os problemas relacionados à saúde respiratória e fornecer orientações importantes na prática clínica. Entretanto, esses indicadores são abrangentes o suficiente para refletir por si só o estado geral de saúde do paciente?