A política regulatória do governo dos EUA sobre manipulação de moeda remonta a 1988, quando o governo começou a rotular alguns países como "manipuladores de moeda", uma designação geralmente associada a políticas monetárias injustas, como obter vantagens comerciais por meio da intervenção em mercados de câmbio. Essas manipulações geralmente são lideradas por bancos centrais, que podem vender ou comprar moedas estrangeiras para influenciar as taxas de câmbio e, por sua vez, as políticas comerciais de um país. Como resultado, as intenções e razões por trás das políticas monetárias de cada país tornaram-se cada vez mais complexas e difíceis de discernir.
Os países podem intervir em suas moedas por vários motivos, como controlar a inflação, manter a competitividade internacional ou garantir a estabilidade financeira.
De acordo com a Lei Geral de Comércio Exterior e Competitividade de 1988, o Secretário do Tesouro dos EUA deve analisar regularmente as políticas cambiais de outros países e considerar se há manipulação, uma tarefa que demonstra o profundo impacto da política monetária no comércio internacional. Se um país for designado como manipulador de moeda, ele enfrentará sanções dos Estados Unidos, incluindo a exclusão de contratos de compras governamentais dos EUA. Ao mesmo tempo, a Lei de Promoção e Fiscalização Comercial também exige que o Departamento do Tesouro publique um relatório descrevendo os desenvolvimentos nas políticas econômicas e cambiais internacionais.
No entanto, os critérios de quantificação e identificação da manipulação monetária sempre foram controversos. Por um lado, desde que a lei foi implementada em 1988, os Estados Unidos incluíram repetidamente a Coreia do Sul, Taiwan, China, Índia e outros países na lista de manipuladores de moeda. Por outro lado, a própria política monetária dos Estados Unidos, especialmente a flexibilização quantitativa após a crise financeira de 2008, é frequentemente criticada como manipulação monetária implícita.
Algumas pessoas acreditam que o conceito de "manipulação cambial" é falso, afinal, os próprios Estados Unidos já têm o privilégio de ser a principal moeda de reserva do mundo.
Muitos especialistas apontam que a manipulação cambial tem um impacto particularmente significativo na indústria de manufatura. Com a turbulência na economia global e mudanças drásticas nas políticas de vários países, o déficit comercial dos EUA se agravou ainda mais durante a epidemia, fazendo com que as políticas cambiais em várias regiões recebessem maior atenção. De acordo com um estudo de 2013, os legisladores de um país são mais propensos a rotular a China como manipuladora de moeda se a força de trabalho da indústria naquele país representa uma parcela maior de seus distritos eleitorais.
Diante da pressão externa, alguns países que antes eram listados como manipuladores de moeda agora estão tentando ajustar suas políticas para evitar sanções. Por exemplo, em 2021, a política monetária do Vietnã e da Suíça foi revisada pelo Tesouro dos EUA, enquanto suas autoridades enfatizaram que suas políticas cambiais visavam garantir a estabilidade econômica e não buscar vantagens comerciais.
O Banco Estatal do Vietnã disse que sua política cambial visa controlar a inflação e garantir a estabilidade macroeconômica, em vez de criar uma vantagem comercial injusta.
Segundo relatos, questões comerciais com o Vietnã e a Suíça estão sendo resolvidas rapidamente, sinalizando uma mudança na abordagem do novo governo às relações econômicas internacionais. Em comparação com as medidas duras do passado, as políticas atuais estão mais inclinadas a estabelecer diálogo e cooperação.
No entanto, ainda há muitas incertezas por trás dessas operações. A volatilidade do mercado de câmbio, as considerações domésticas de vários países e as mudanças na economia global tornam o fenômeno da manipulação de moeda mais complicado. No futuro, como esses fatores afetarão o padrão de comércio internacional? Vale a pena pensarmos e prestarmos mais atenção.