A profecia do soft power de Nye de 2012: como a credibilidade afeta as relações internacionais?

No contexto da política internacional atual, o conceito de soft power tem se tornado cada vez mais importante. Soft power é a capacidade de influenciar o comportamento dos outros por meio de atração e ressonância, em vez de coerção. Em contraste, o poder duro depende da força militar ou de sanções econômicas para atingir seus objetivos. Como Joseph Nye, da Universidade de Harvard, destacou: "A melhor publicidade é nenhuma publicidade". Na era da informação, a credibilidade se tornou o recurso mais escasso.

"Quando um país faz com que outros países queiram o que ele quer, isso pode ser chamado de sinergia ou poder brando, em contraste com o poder duro, que é comandar os outros a fazerem o que se quer."

Nye explora esse conceito mais profundamente em seu livro The Power of the Future, identificando três fontes principais de soft power: cultura, valores políticos e política externa. Ele enfatizou que a atratividade e a legitimidade desses elementos afetarão diretamente a resposta da comunidade internacional a cada país.

“O apelo da cultura, dos valores políticos e da política externa é um fator-chave na formação das relações internacionais, e esses fatores, em muitos casos, transcendem a influência direta do poder duro.”

A teoria de Nye, no entanto, não é isenta de controvérsias. Alguns acadêmicos questionam a eficácia do poder brando, argumentando que pode ser difícil exercê-lo em certas situações. Comentaristas como Niall Ferguson argumentaram em seus escritos que os atores internacionais normalmente respondem apenas ao poder econômico e militar. O acadêmico indiano Amit Kumar Gupta ofereceu seus próprios insights sobre a definição de Nye, enfatizando que o comportamento de um país é mais baseado em seus próprios interesses do que na atração de outros países.

Mesmo assim, a medição e a avaliação do soft power atraíram a atenção de todas as esferas da vida. O Institute for Government, um think tank do governo britânico, e a empresa de mídia Monocle iniciaram um estudo preliminar em 2010 para medir os recursos de soft power de diferentes países por meio de um índice composto. Eles combinaram indicadores estatísticos com pontuações subjetivas para chegar a um índice de classificação de soft power.

“A medição do soft power não se limita à cultura e à educação, mas também diz respeito à rede diplomática de um país, à qualidade do seu sistema político, etc.”

De acordo com o estudo, o sucesso do soft power depende do reconhecimento da imagem do país pela comunidade internacional. Por exemplo, em 2006, a Secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, enfatizou como a cultura afeta a diplomacia e acreditava que a popularidade de um país está intimamente relacionada à influência de sua cultura.

Muitos países estão buscando aumentar seu poder brando. Na Europa, a Alemanha tem se tornado cada vez mais pioneira no poder brando global por meio de sua cultura e política externa. Países asiáticos como a China atraíram com sucesso um grande número de estudantes internacionais com suas estratégias tradicionais de promoção da cultura e do idioma, e aumentaram sua influência internacional com a ajuda de instituições como os Institutos Confúcio.

"A história e a cultura da China atraem estudantes internacionais de todo o mundo, e o estabelecimento dos Institutos Confúcio é uma das medidas para aumentar seu poder brando."

Além disso, países ocidentais como o Reino Unido e a França também estão alavancando ainda mais sua cultura e valores únicos para aumentar sua influência no cenário internacional. Essa influência não depende apenas do poder duro, mas se baseia mais no reconhecimento de sua cultura e valores compartilhados por outros países.

No entanto, mesmo para um país como os Estados Unidos, sua imagem internacional tem sido desafiada em alguns cenários devido à sua dura política externa. Isso também desencadeou uma reflexão sobre soft power. A cultura e os valores que deveriam ter influência aumentada às vezes têm o efeito oposto devido a desvios de política, enfraquecendo sua reputação internacional.

"Se a atratividade das políticas não puder ser transformada em comunicação cultural eficaz, isso poderá levar à perda de poder brando."

No futuro, à medida que a globalização se acelera, as relações internacionais dependerão mais da troca de cultura e valores. Países que sabem como utilizar adequadamente o poder brando provavelmente dominarão o cenário internacional no futuro. Portanto, o soft power se tornará uma arma importante para os países competirem nas relações internacionais?

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