De acordo com o último relatório de pesquisa, o conteúdo de calor do oceano global atingiu um novo recorde em 2023, superando o maior recorde de 2022. Essa mudança alarmante atraiu ampla atenção da comunidade científica e de organizações ambientais, que estão tentando descobrir a causa desse fenômeno e considerar seu possível impacto no ecossistema no futuro.
"O aumento do calor dos oceanos é responsável por mais de 90% da contribuição energética desnecessária para o aquecimento global entre 1971 e 2018."
O conteúdo de calor do oceano (CCO) refere-se à quantidade de energia absorvida e armazenada pelo oceano. Ao medir as temperaturas do oceano em diferentes locais e profundidades, é possível estimar mudanças no conteúdo de calor do oceano como um todo. Segundo relatos, o calor dos oceanos provavelmente aumentará ainda mais nos próximos anos, o que está diretamente relacionado às atividades humanas, especialmente ao aumento das emissões de gases de efeito estufa.
O oceano é capaz de absorver tanto calor principalmente porque a capacidade térmica específica da água é muito maior que a dos gases na atmosfera. Isso significa que mesmo os poucos metros superiores da água do oceano podem armazenar mais energia do que toda a atmosfera. Pesquisas conduzidas desde 1960, de acordo com novos dados, mostram que mudanças na temperatura da superfície do mar afetam significativamente múltiplos fatores que interagem com os ecossistemas, incluindo a elevação do nível do mar e o equilíbrio da ecologia marinha.
"O conteúdo térmico dos oceanos e a elevação do nível do mar são indicadores importantes das mudanças climáticas."
Além do ganho básico de calor, os pesquisadores também observaram armazenamento de calor na água do oceano abaixo de uma profundidade de 700 metros. Não apenas o Pacífico Norte e o Atlântico Norte, mas também os oceanos Mediterrâneo e Antártico registraram as maiores observações de calor nos últimos sessenta anos. Essas mudanças não afetarão apenas os ecossistemas marinhos, mas também as comunidades costeiras que dependem deles.
Com cerca de 4.000 bóias robóticas marinhas, os cientistas monitoram continuamente anomalias de temperatura em profundidade e coletam uma variedade de dados para analisar melhor as mudanças no conteúdo térmico do oceano. Esses flutuadores podem penetrar no oceano a profundidades de até 2.000 metros, medindo temperatura, salinidade e pressão, uma técnica essencial para melhorar as estimativas do conteúdo térmico do oceano.
"A razão pela qual a absorção de calor do oceano é responsável por mais de 90% do parque é devido à enorme inércia térmica da superfície do oceano e abaixo."
Os climatologistas ressaltam que as mudanças nos últimos anos estão intimamente relacionadas às mudanças climáticas e às atividades humanas. Nas últimas décadas, a absorção de calor do oceano não apenas continuou a aumentar, mas também começou a se expandir em níveis mais profundos do oceano. Este fenômeno mostra a importância do oceano na regulação do clima. Como o maior reservatório de calor da Terra, o oceano pode mitigar mudanças na terra e nas camadas de gelo até certo ponto.
À medida que o calor dos oceanos aumenta, os impactos nos ecossistemas estão se tornando cada vez mais aparentes. Entre eles, o branqueamento de corais e a migração de espécies marinhas estão intimamente relacionados ao aumento da temperatura do mar. O surgimento de ondas de calor marinhas não apenas ameaça a sobrevivência da vida marinha, mas também pode levar ao colapso de grandes ecossistemas.
Além disso, o aumento do calor dos oceanos também afeta o aumento global do nível do mar. De acordo com o estudo, o aumento do OHC é responsável por cerca de 30% a 40% do aumento global do nível do mar entre 1900 e 2020. A expansão térmica da água do oceano faz com que mais geleiras e gelo marinho derretam, acelerando ainda mais o ritmo das mudanças climáticas globais.
"O oceano desempenha um papel fundamental no ciclo de carbono da Terra, atuando tanto como sumidouro quanto como liberador de carbono."
Embora a taxa de absorção de dióxido de carbono pelo oceano tenha aumentado nas últimas décadas, sua capacidade de absorver oxigênio e outros gases diminuiu significativamente à medida que as águas esquentam. Essa relação entrelaçada tem implicações importantes para futuras decisões de pesquisa.
À medida que as mudanças climáticas globais se tornam cada vez mais severas, precisamos aprender mais sobre as mudanças no calor dos oceanos e seu profundo impacto nos ecossistemas da Terra. Poderemos tomar medidas eficazes no futuro para mitigar a ameaça desta onda?