À medida que a tecnologia avança, os cientistas estão cada vez mais usando métodos não invasivos para entender como o cérebro funciona. Entre elas, a espectroscopia funcional no infravermelho próximo (fNIRS) tem demonstrado grande potencial no estudo do cérebro humano. Essa tecnologia usa luz infravermelha próxima para capturar a resposta do cérebro a estímulos externos, ajudando os pesquisadores a analisar pequenas alterações no cérebro.
fNIRS é uma técnica de neuroimagem não invasiva que usa luz infravermelha próxima para medir a atividade hemodinâmica cortical.
O princípio de funcionamento do fNIRS é relativamente simples. Ele estima mudanças na concentração de hemoglobina emitindo luz infravermelha próxima e observando o grau de absorção de luz. Como a hemoglobina absorve luz infravermelha próxima, o fNIRS pode medir alterações no fluxo sanguíneo no tecido cerebral, particularmente em áreas superficiais do córtex cerebral. Isso permite que o fNIRS seja usado de maneira complementar com outras técnicas de neuroimagem, como ressonância magnética funcional (fMRI) e eletroencefalografia (EEG), para fornecer informações cerebrais mais abrangentes.
Já em 1977, Jöbsis propôs o uso de luz infravermelha próxima para medir o estado de oxigenação do tecido cerebral. Com o avanço da tecnologia, o fNIRS foi usado com sucesso pela primeira vez em pesquisas com adultos em 1993, o que promoveu o desenvolvimento deste campo. Hoje, essa tecnologia tem produtos de marca e continua a fazer avanços em aplicações práticas, especialmente no desenvolvimento de dispositivos vestíveis.
A tecnologia fNIRS nos permite observar continuamente a atividade cerebral sem interferência.
O fNIRS não é usado apenas em pesquisas científicas básicas, mas também demonstrou valor importante em muitos campos, como medicina clínica, psicologia e interface cérebro-computador. Estudos mostram que essa tecnologia tem bom desempenho no monitoramento da função cerebral, na avaliação do estado cognitivo e no diagnóstico de doenças.
Potencial para aplicações clínicasNa medicina, o fNIRS é usado para avaliar os efeitos da hipóxia e monitorar o fluxo sanguíneo cerebral em pacientes após a cirurgia. Para bebês extremamente prematuros, o fNIRS pode ser usado para monitorar hipóxia cerebral e alterações no fluxo sanguíneo cerebral, o que desempenha um papel vital na redução do risco de danos cerebrais. Além disso, essa tecnologia também é usada durante muitas cirurgias cardíacas para monitorar a oxigenação do cérebro do paciente para que uma intervenção oportuna possa ser feita.
As principais vantagens do fNIRS são sua não invasividade, baixo custo e portabilidade. Isso permite que os pesquisadores conduzam experimentos em diversos ambientes, do laboratório ao ambiente clínico e até mesmo na vida cotidiana. No entanto, como os sinais do fNIRS vêm principalmente do tecido cerebral da superfície, isso também leva a alguns desafios na medição eficaz de regiões cerebrais mais profundas.
Embora o fNIRS não possa substituir completamente outras técnicas de imagem, como a fMRI, ele fornece uma nova maneira de observar a atividade cerebral.
Com o desenvolvimento da tecnologia, o fNIRS no futuro será mais miniaturizado e inteligente, podendo até ser combinado com inteligência artificial para análise de dados. Podemos imaginar que essa tecnologia terá aplicações mais amplas em áreas como saúde mental, educação e ciência cognitiva. Mas esse aumento contínuo da tecnologia pode mudar nossa compreensão do cérebro?
Diante dessas tecnologias em rápido desenvolvimento e perspectivas de pesquisa em constante mudança, não podemos deixar de nos perguntar como o fNIRS poderá revelar mais sobre os mistérios do cérebro humano no futuro?