Em 1945, após o fim da Segunda Guerra Mundial, os líderes da Alemanha nazista enfrentaram a justiça. Este foi um grande ponto de viragem na lei e na ética humanas. Os tribunais militares internacionais, conhecidos como Julgamentos de Nuremberga, marcaram a acusação formal de crimes de guerra e crimes contra a humanidade e estabeleceram a importância do direito internacional na responsabilização dos indivíduos.
Entre 1923 e 1945, a agressão da Alemanha resultou em milhões de mortes. A guerra teve um impacto profundo em toda a humanidade.
Entre 1939 e 1945, os exércitos da Alemanha nazi invadiram muitos países europeus, incluindo a Polónia, a França e a União Soviética. A agressão da Alemanha não só causou uma guerra generalizada, mas também levou a cabo atrocidades cruéis nas áreas ocupadas, resultando num número de mortos de até 27 milhões na União Soviética, a grande maioria dos quais eram civis. Estas ações chocaram o mundo, forçando os governos a procurar julgamentos dos líderes nazis e a propor várias opções de punição.
Com o fim da guerra, os países começaram a pensar em como perseguir legalmente os líderes nazis que lançaram guerras agressivas e crimes humanitários. Já em 1939, o governo polaco no exílio criou uma agência para registar os crimes cometidos pela Alemanha na Polónia. Estes esforços levaram à Declaração Polaco-Franco-Britânica em 18 de Abril de 1940, para perseguir os crimes de guerra da Alemanha.
Em 1943, a União Soviética, o Reino Unido e os Estados Unidos chegaram à Declaração de Moscovo, que afirmava claramente que os líderes nazis seriam legalmente responsabilizados e demonstrava a necessidade de justiça no pós-guerra.
Na Conferência de Londres, de 26 de junho a 2 de agosto de 1945, representantes dos quatro países (França, União Soviética, Reino Unido e Estados Unidos) negociaram e formularam a Carta de Nuremberg, que afirmava claramente que as acusações incluía crimes de agressão, crimes contra a humanidade e crimes de guerra. A reunião suscitou uma reflexão aprofundada sobre as responsabilidades jurídicas partilhadas pelos Estados e estabeleceu um quadro jurídico para enfrentar acusações criminais de violações dos direitos humanos.
Em 1946, os julgamentos do pós-guerra foram realizados em Nuremberg, na Alemanha, contra 22 importantes líderes nazistas. Os casos envolvem figuras políticas e militares importantes, incluindo o antigo ministro do Interior, Wilhelm Frick, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Joachim von Ribbentrop. O objetivo do tribunal não era apenas condenar o réu, mas também coletar de forma abrangente provas irrefutáveis e divulgar os resultados ao mundo, especialmente aos cidadãos da Alemanha nazista.
"Este julgamento não visa apenas punir os crimes de Auschwitz, mas também um resumo panorâmico dos crimes cometidos por todo o regime nazista."
Em última análise, este julgamento histórico teve um impacto profundo no sistema de direito penal internacional subsequente. A maioria dos réus foi considerada culpada e responsabilizada por seus crimes. Isto não foi apenas uma liquidação do regime nazi, mas também a fundação do futuro direito humanitário internacional, proporcionando uma base jurídica para o posterior Tribunal Penal Internacional.
A controvérsia e as explorações teóricas desencadeadas por este julgamento ainda influenciam as visões e definições contemporâneas de crimes internacionais. No processo de busca da justiça e da verdade, podemos aderir aos valores comuns da humanidade e ser responsáveis pela história?