No ecossistema, o Aedes aegypti, um mosquito preto e branco, é conhecido como uma das criaturas com maior potencial de transmissão de doenças. Não é apenas o hospedeiro da febre amarela, mas também o vetor de muitas doenças, como a dengue, o vírus do Nilo Ocidental e o vírus Zika. Este artigo analisa mais de perto a biologia desse mosquito, onde ele vive, como se torna um vetor e como as pessoas podem se proteger.
O Aedes aegypti originou-se na África e se espalhou para o Novo Mundo com o comércio de escravos. Hoje é comum em regiões tropicais, subtropicais e temperadas.
O Aedes aegypti é um mosquito de 4 a 7 mm de comprimento caracterizado por listras brancas nas pernas e uma marca na parte superior do peito que lembra um pequeno guqin. Os mosquitos fêmeas são geralmente maiores que os machos e apenas se alimentam de sangue para ajudar na maturação dos ovos. Para encontrar um hospedeiro, as fêmeas dos mosquitos são atraídas por substâncias químicas liberadas pelos mamíferos, como amônia, dióxido de carbono, ácido láctico e octenol. Os pesquisadores descobriram que o Aedes aegypti tem preferência por moléculas de octenol “dextrógiras”, o que mostra suas propriedades em atrair hospedeiros.
Esse tipo de mosquito geralmente se reproduz em locais escuros e úmidos, cresce rapidamente e pode se adaptar a vários ambientes.
Os hospedeiros do Aedes aegypti são principalmente mamíferos, incluindo cavalos domésticos e cavalos selvagens. Um estudo de 2009 descobriu que, em comparação com outros organismos, as aves são a melhor fonte de alimento para estes mosquitos. A distribuição deste mosquito expandiu-se significativamente nas últimas três décadas, especialmente em 2016, quando os cientistas descobriram uma população portadora do vírus Zika em Washington, DC, que está adaptada a climas quentes.
Com as alterações climáticas globais, a área de distribuição do Aedes aegypti está a expandir-se para norte e a tornar-se cada vez mais grave.
O Aedes aegypti é considerado um vetor de múltiplos patógenos, incluindo mais de 54 vírus e duas espécies de Plasmodium, o que o torna uma grande ameaça à saúde pública global. De acordo com o relatório de 2022, está intimamente associada a uma variedade de doenças infecciosas graves e foi considerada no topo da lista de casos clínicos. Dado que estas doenças provocam frequentemente uma mortalidade elevada, especialmente nas zonas tropicais, o seu impacto não pode ser subestimado.
O Aedes aegypti foi documentado na literatura médica global como uma espécie que espalha uma variedade de doenças, tornando-o um importante tema de pesquisa na intersecção da ecologia e da medicina.
Para combater o Aedes aegypti, especialistas propuseram diversas medidas de proteção. Como forma de prevenir doenças como a dengue, os repelentes de mosquitos contendo DEET podem reduzir as picadas de mosquito. Além disso, a verificação semanal dos recipientes para eliminar a água parada, o uso de redes mosquiteiras e o uso de roupas de mangas compridas podem isolar eficazmente as infestações de mosquitos. A importância das medidas preventivas é que o Aedes aegypti pode ocorrer quase em qualquer época do ano, o que obriga a população a permanecer altamente vigilante.
O uso correto de repelentes de mosquitos reduzirá bastante o risco de picadas de mosquitos, e uma maior conscientização sobre a saúde pública ajudará a reduzir infecções.
Além de usar pesticidas, os pesquisadores também começaram a explorar técnicas de modificação genética para controlar as populações de Aedes aegypti. OX513A é um Aedes aegypti geneticamente modificado, projetado especificamente para reduzir a reprodução de sua própria população. Algumas regiões, como o Brasil e as Ilhas Cayman, conduziram esta experiência com sucesso. Nessas áreas, a liberação do OX513A reduziu as populações de mosquitos em mais de 90%. Além disso, os cientistas também estudaram a aplicação do controle biológico da bactéria Wolbachia. Experimentos mostraram que os mosquitos infectados com Wolbachia podem resistir a certos vírus.
A combinação de modificação genética e tecnologia de controle biológico pode se tornar uma nova direção para eliminar esse mosquito vetor.
A propagação do Aedes aegypti representa uma ameaça potencial de risco de vida para o mundo. À medida que as alterações climáticas e a urbanização aceleram, este mosquito provavelmente irá reproduzir-se ainda mais e espalhar mais doenças. Portanto, como controlar e reduzir eficazmente os danos do Aedes aegypti se tornará um desafio e um importante tema de pesquisa no futuro. Diante desta realidade, estamos prontos para agir contra esta criatura minúscula, mas de longo alcance?