O impacto da radiação, especialmente da radiação ionizante, nos organismos sempre foi um tema de pesquisa importante para os cientistas. Pode ser um remédio que ameaça a vida ou um pesadelo que ameaça a vida. À medida que a tecnologia médica avança, especialmente no campo do tratamento do câncer, o uso da radiação se tornou mais comum. No entanto, a natureza dupla dessa tecnologia também torna os riscos à saúde causados pela radiação uma questão altamente preocupante.
Efeitos da radiação na saúdeEmbora a radiação ionizante seja prejudicial em altas doses, ela pode ser usada efetivamente no tratamento de câncer e hipertireoidismo quando devidamente controlada.
Os efeitos da radiação ionizante na saúde podem ser divididos em duas categorias: efeitos determinísticos e efeitos estocásticos. Efeitos determinísticos são reações teciduais que ocorrem após uma determinada dose ser excedida, como síndrome de radiação aguda e queimaduras por radiação. Em contraste, o risco de efeitos estocásticos aumenta com a dose, mas sua gravidade é independente da dose, como cânceres induzidos por radiação e doenças genéticas.
O impacto mais comum dos efeitos estocásticos é o câncer induzido por radiação, que pode ter um período de latência de anos ou décadas.
Exemplos de efeitos estocásticos incluem câncer induzido por radiação, doenças cardíacas e declínio cognitivo. Cientistas conduziram um grande número de estudos epidemiológicos para tentar determinar os riscos de diferentes doses de radiação para a saúde humana, especialmente estudos com sobreviventes da bomba atômica japonesa, que forneceram dados valiosos.
Efeitos determinísticos, como a síndrome de radiação aguda, são um risco distinto que geralmente ocorre quando a dose excede um certo limite e inclui danos fisiológicos sistêmicos, como leucopenia e queimaduras na pele. Um estudo da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos destacou que "atualmente não há evidências conclusivas de que haja um limite de dose seguro no qual o risco de indução de tumor seja zero".
O risco de exposição à radiação é maior durante a gravidez porque as células em desenvolvimento são mais sensíveis à radiação. Estudos mostram que a realização de múltiplos exames de imagem durante a gravidez pode causar danos ao feto, levando a efeitos determinísticos, como defeitos estruturais e deficiência intelectual.
De acordo com pesquisas, cada 1000 mGy de dose de radiação recebida por um feto entre 10 e 17 semanas de gestação reduzirá o QI em 25 pontos.
O corpo humano tem percepção muito limitada de radiação ionizante, e sua presença geralmente só pode ser detectada em altas doses. O monitoramento e o cálculo de doses se enquadram na área da física da saúde, que inclui o uso de dosímetros e outras análises biológicas para avaliar o risco representado pela exposição interna. Seja inalada, ingerida ou injetada, os efeitos da radiação interna variam dependendo do tipo e da forma da fonte de radiação utilizada.
Os laboratórios geralmente usam diferentes fontes de radiação para pesquisas em radiobiologia, incluindo fontes de isótopos ou aceleradores. O uso de radiação é particularmente comum no tratamento do câncer, incluindo o uso de radiofármacos para atingir efeitos terapêuticos específicos.
Muitos estudos e avaliações de doses de radiação são baseados no uso de fontes de radiação comprovadas, incluindo 137Cs ou 60Co.
Com o passar do tempo, os perigos potenciais da radiação foram gradualmente reconhecidos pelos humanos. Desde que Wilshire Roentgen descobriu os raios X em 1895, a pesquisa sobre radiação e seus efeitos na vida continuou a se aprofundar. Embora a compreensão inicial da radiação fosse bastante limitada, com vários incidentes nucleares ao redor do mundo e as diversas aplicações de materiais radioativos, os perigos da radiação gradualmente receberam atenção.
Hoje, talvez precisemos repensar nossa compreensão e aplicação da radiação: ao mesmo tempo em que buscamos o progresso tecnológico, como podemos nos proteger contra perigos potenciais?