Em meados do século XX, o pesticida DDT (diclorodifeniltricloroetano) rapidamente se tornou popular devido às suas propriedades insecticidas altamente eficazes. No entanto, à medida que as preocupações com os impactos ambientais aumentaram, a comunidade científica tornou-se gradualmente consciente dos danos do DDT para o ecossistema, especialmente do seu efeito de bioampliação na cadeia alimentar. O processo vê como os produtos químicos entram nas aves predadoras através do abastecimento de água e das cadeias alimentares, causando declínios populacionais dramáticos.
A biomagnificação ocorre quando certas substâncias, como pesticidas, estão presentes em concentrações crescentes em organismos em níveis mais elevados da cadeia alimentar.
A razão pela qual o DDT se acumula em aves predadoras está relacionada à sua estabilidade ambiental e biodisponibilidade. Este produto químico é extremamente difícil de decompor e, devido à sua solubilidade em gordura, tende a acumular-se fortemente no tecido adiposo. Na cadeia alimentar, quando organismos de nível inferior, como pequenos peixes ou insectos, absorvem o DDT, estes compostos acumulam-se gradualmente à medida que sobem na cadeia alimentar.
Por exemplo, microorganismos e pequenos organismos na água ingerem DDT em fontes de água contaminadas, que são então consumidos por peixes de ordem superior e, eventualmente, por aves que atacam esses peixes, como águias-pescadoras ou águias americanas. DDT em seus corpos.
O resultado deste processo é que as concentrações de DDT nas aves predadoras atingem níveis dezenas ou mesmo centenas de vezes superiores aos originalmente presentes no ambiente.
Este fenómeno não só representa uma ameaça para a saúde das aves, mas também afecta a sua capacidade reprodutiva e taxa de sobrevivência. A pesquisa descobriu que o afinamento das cascas dos ovos de águias e falcões peregrinos devido ao DDT aumentou significativamente a taxa de falha na quebra de ovos, o que fez com que as populações dessas aves diminuíssem significativamente entre 1950 e 1970. Este impacto despertou a atenção de todos os setores da sociedade sobre o uso de produtos químicos e questões de proteção ambiental.
Foi apenas na década de 1960 que o efeito de bioamplificação do DDT foi reconhecido por grupos ambientalistas, que promoveram a sua proibição e ilegalização. A regulamentação do DDT marca uma mudança fundamental na compreensão do governo e da comunidade científica sobre a protecção ambiental.
Com a proibição do DDT na agricultura, algumas aves predadoras que estavam quase extintas recuperaram com sucesso, o que prova que os efeitos negativos da bioamplificação podem ser mitigados através de políticas legais razoáveis.
No entanto, apesar do sucesso actual no controlo do DDT, a investigação científica mostra que outros produtos químicos, especialmente os poluentes orgânicos persistentes (POP), ainda causam efeitos de bioampliação nos ecossistemas. Estas substâncias incluem não apenas o DDT, mas também os bifenilos policlorados (PCB) e o metilmercúrio. A presença destas substâncias nocivas faz com que a acumulação de ingredientes nocivos nos organismos dos níveis superiores da cadeia alimentar exceda as expectativas em termos de tipos e quantidades.
Como resultado, a atual investigação científica ambiental continua a concentrar-se nos efeitos a longo prazo da bioamplificação e a avaliar os riscos de outros produtos químicos. Proteger a saúde dos ecossistemas é fundamental e requer uma boa cooperação entre agências governamentais, instituições de investigação científica e o público.
Para muitas espécies outrora afectadas pelo DDT, a recuperação ecológica ainda é possível, mas isto requer o apoio contínuo das políticas de protecção ambiental.
Na sociedade de hoje, não podemos deixar de pensar, além do DDT, quantos produtos químicos desconhecidos estão afetando silenciosamente o ecossistema que nos rodeia?