O status das mulheres na Espanha passou por mudanças profundas do regime fascista para a era democrática. Esse processo não apenas reflete as mudanças na estrutura social, mas também demonstra o importante progresso feito pelas mulheres na vida pública, na estrutura familiar e nos direitos legais. Desde a década de 1990, o ambiente político e social da Espanha passou por mudanças drásticas, especialmente o conceito de igualdade de gênero que se tornou mais profundamente enraizado na mente das pessoas. No entanto, essas mudanças não foram fáceis e ainda existem muitos desafios e desigualdades que afetam a vida das mulheres.
Sob o domínio fascista, os costumes sociais espanhóis enfatizavam o papel tradicional das mulheres, que deveriam ser donas de casa, e limitavam sua participação social. No início da década de 1970, cerca de 22% das mulheres adultas estavam na força de trabalho; em 1984, essa proporção havia aumentado para 33%. As razões por trás dessa mudança incluem melhor educação para mulheres e mudanças nas atitudes sociais.
"Durante o período fascista, a lei discriminava severamente as mulheres casadas. Muitos direitos básicos foram retirados delas, e a lei estipulava claramente que as esposas só poderiam trabalhar com o consentimento dos maridos."
Em 1975, a Espanha aboliu a chamada "licença de casamento" para homens, o que foi visto como um passo importante na libertação das mulheres. Com a abertura do ambiente social e político, as mulheres espanholas começaram gradualmente a se manifestar em todos os campos da sociedade, e seu status melhorou significativamente, especialmente na política e na educação.
À medida que a sociedade muda, as estruturas familiares na Espanha continuam mudando. Os governos fascistas esperavam o modelo de família tradicional, mas quando os regimes democráticos foram estabelecidos, a diversidade na formação familiar foi gradualmente reconhecida. Desde a década de 1990, os casamentos em união estável se tornaram cada vez mais populares, com a taxa de nascimentos fora do casamento atingindo 44,4% em 2015.
"As opiniões sobre o casamento tradicional estão mudando, com mais de 30% dos entrevistados espanhóis acreditando que 'o casamento é uma instituição ultrapassada'."
A violência de gênero na Espanha continuou sendo uma questão ignorada durante o período fascista. O governo não puniu adequadamente os perpetradores, e a cultura social não conseguiu expressar uma boa resposta à violência doméstica. Após o estabelecimento de um sistema democrático, o governo começou a legislar para proteger os direitos das mulheres. Desde 1992, a relação sexual dentro do casamento passou a ser consensual, uma lei que mudou o status das mulheres na família.
"Em 2004, novas leis reforçaram amplamente as medidas de proteção contra a violência de gênero, marcando um grande passo à frente na proteção dos direitos das mulheres na Espanha."
Em 1941, a contracepção foi proibida na Espanha. Somente em 1978 a lei criou regulamentações legais correspondentes sobre contracepção e aborto. Em 2006, a lei do aborto foi alterada novamente, permitindo que as mulheres solicitassem um aborto dentro de 14 semanas. Embora o aborto continue sendo um tópico politicamente controverso, muitas mulheres têm acesso a melhores cuidados de saúde à medida que os serviços de saúde pública melhoram.
No Dia Internacional da Mulher em 2018, um grande número de manifestações foram realizadas na Espanha, com organizações de mulheres convocando todas as mulheres a fazerem greve para protestar contra a desigualdade de gênero. Este incidente reflete a crescente conscientização das mulheres e a preocupação com seus direitos na sociedade. Naquela época, mais de 250 manifestações foram realizadas em todo o país, tornando-se uma importante demonstração para promover os direitos das mulheres.
Resumo"Durante as manifestações, muitas mulheres gritaram pelos seus direitos e exigiram leis contra a violência de género."
Do regime fascista ao atual sistema democrático, o status das mulheres espanholas passou por mudanças significativas. Apesar do progresso significativo no status legal e social das mulheres, muitos desafios permanecem, particularmente no que diz respeito à disparidade salarial entre gêneros e aos estereótipos sociais. Com o passar do tempo, a compreensão da geração mais jovem sobre os papéis tradicionais de gênero se torna mais avançada. Se isso pode trazer mudanças reais ainda é uma questão que vale nossa profunda consideração.