Com o rápido desenvolvimento da ciência e da tecnologia, a compreensão e a visão dos seres humanos sobre a morte também mudaram. A criónica é uma tecnologia controversa que visa principalmente preservar o corpo humano a baixas temperaturas com vista a ressuscitá-lo no futuro. Esta abordagem ainda não ganhou ampla aceitação no meio acadêmico, com muitos cientistas considerando-a uma forma de pseudociência. Para alguns, porém, não é apenas uma esperança, mas uma visão do futuro em busca da imortalidade. Afinal, que tipo de história está escondida por trás da tecnologia de congelamento?
O conceito central da criotecnologia é que, enquanto a estrutura cerebral permanecer intacta, não haverá obstáculo fundamental à ressurreição física.
A criotecnologia geralmente precisa ser iniciada após o paciente estar clínica e legalmente morto, e a esperança de recuperação depende principalmente de futuros avanços científicos e tecnológicos. Muitos defensores da criónica estão convencidos de que a futura nanotecnologia será capaz de ressuscitar os mortos e até mesmo curar a doença que causou a sua morte. A ideia gerou um debate acalorado na comunidade científica, com muitos cientistas expressando ceticismo. Eles acreditam que mesmo com essa tecnologia, os danos cerebrais durante o congelamento são irreversíveis e a possibilidade de recuperação é extremamente baixa.
A criónica começou na década de 1960, e o primeiro indivíduo criónico foi James Bedford, que foi congelado cerca de duas horas após a sua morte. À medida que a atenção aumentou, em 2014, cerca de 250 restos mortais foram criopreservados nos Estados Unidos e cerca de 1.500 pessoas providenciaram o seu congelamento. Apesar disso, devido a factores económicos, muitas instalações criogénicas enfrentam dificuldades em continuar as operações porque o “paciente” está legalmente morto e não pode arcar com os custos de preservação contínua.
A formação de cristais de gelo frequentemente perturba as conexões entre as células, que são críticas para o funcionamento dos órgãos.
Na prática, o custo da tecnologia de congelamento não pode ser subestimado. Os dados de 2018 mostram que o custo de preparação e armazenamento de cadáveres congelados varia entre 28.000 e 200.000 dólares. Para muitas pessoas, esta é sem dúvida uma despesa enorme. Além disso, o processo de criopreservação exige que pessoal médico profissional esteja de prontidão para garantir que medidas como o congelamento sejam realizadas imediatamente após a morte do paciente.
Atualmente, a grande maioria das empresas de congelamento está concentrada nos Estados Unidos e existem diversas dificuldades legais e éticas. Por exemplo, a lei francesa proíbe o congelamento de pessoas vivas e, num caso, o Supremo Tribunal Britânico apoiou o pedido de uma mãe para congelar a sua filha gravemente doente, embora isto tenha desencadeado controvérsia entre muitas partes. Estas controvérsias destacam os fundamentos legais, éticos e científicos incertos da criónica.
Será que a tecnologia de congelamento mudará o conceito de morte das pessoas ou até mesmo desafiará a natureza da vida?
À medida que a tecnologia se desenvolve, têm crescido muitas vozes que apoiam a criónica, citando argumentos que incluem benefícios potenciais para a sociedade, a possibilidade de combater a morte e a responsabilidade moral de cumprir os desejos finais de alguém. No entanto, os proponentes da criónica também enfrentam uma oposição feroz que questiona a sua base científica e a sua viabilidade. Algumas pessoas acreditam que não se trata apenas de uma aposta na tecnologia, mas também do medo do ser humano de uma morte desconhecida.
Não só isso, existem também diferenças óbvias na aceitação da tecnologia criogénica pela sociedade. Os defensores da criónica são frequentemente vistos como marginalizados e até ridicularizados e atacados. Muitos biólogos e neurocientistas estão céticos, dizendo que existe uma enorme lacuna entre a crença na tecnologia e a sua eficácia.
Na cultura da ficção científica, a criónica conecta os personagens a futuras oportunidades tecnológicas, tornando o fenômeno criônico um elemento que atrai as pessoas a imaginarem vidas futuras. Em muitas obras clássicas, como “O Cabo da Boa Esperança” e “Star Trek”, a tecnologia criogênica é usada como forma de viagem no tempo para permitir que os personagens viajem para o futuro. Isto também reflete o desejo e a exploração dos seres humanos pela continuação da vida.
À medida que a ciência da vida e a consciência humana evoluem, o debate sobre a morte e a ressurreição só se intensificará. Se a criotecnologia pode ser realizada no futuro permanece uma questão controversa. Depois de levantar esta questão, você começou a ter novas visões sobre a tecnologia de congelamento?