A decomposição espontânea é o processo pelo qual a matéria se divide em duas ou mais fases sem qualquer intervenção externa. Esse fenômeno não se limita a reações químicas, mas também pode ser observado em muitos processos físicos, como a decomposição de uma mistura de metais e polímeros em duas fases. Há profundas razões termodinâmicas por trás desse fenômeno. Entender essas razões pode não apenas nos ajudar a revelar o charme da decomposição espontânea, mas também ser aplicado a muitos aspectos, como a ciência dos materiais.
A decomposição espontânea ocorre quando uma fase homogênea se torna termodinamicamente instável. Isso significa que a separação de fases ocorre quando a energia de uma substância está em um estado de energia livre extremamente grande.
A decomposição espontânea não requer o início do processo de nucleação porque não há barreiras termodinâmicas para esse processo. Isso é muito diferente dos processos tradicionais de mudança de fase, que geralmente exigem algum tipo de sinal para desencadear a nucleação. A cinética da decomposição espontânea geralmente pode ser simulada usando o modelo da equação de Cahn-Hilliard, que pode descrever as lacunas de fase e a evolução estrutural da substância durante o processo de decomposição.
O conceito de decomposição espontânea foi documentado na literatura já na década de 1940. Naquela época, Bradley observou que faixas laterais apareciam no padrão de difração de raios X da liga Cu-Ni-Fe, indicando uma modulação periódica da composição. Essas observações não puderam ser explicadas inicialmente pela teoria clássica da difusão, mas Mats Hillert propôs uma nova explicação em sua tese de doutorado, apontando que, nas circunstâncias desenvolvidas, existe um novo modelo de difusão que pode explicar os fenômenos observados.
A pesquisa de Hillert provou que na decomposição espontânea, o papel da energia da interface na condução das interações não pode ser ignorado. Este resultado muda a maneira como entendemos as transições de fase, destacando a importância das interações em nível molecular no comportamento macroscópico.
O estabelecimento do modelo de Cahn-Hilliard é uma das contribuições importantes para a compreensão dos processos de decomposição espontânea. O modelo leva em consideração o efeito do gradiente de concentração na energia livre e propõe a seguinte expressão para energia livre:
Aqui, f_b representa a energia livre em massa do soluto homogêneo, e κ é o parâmetro que controla a mudança de concentração. O modelo mostra que quando a mudança de energia livre causada por uma pequena vibração do sistema é negativa, ocorrerá decomposição espontânea, levando a mudanças estruturais.
O processo dinâmico de decomposição espontânea pode ser descrito por uma equação de difusão generalizada:
Onde μ é o potencial químico e M é a mobilidade. Isso demonstra o papel do comportamento de difusão das moléculas no sistema no processo de decomposição espontânea.
Esse processo envolve não apenas a estabilidade termodinâmica, mas também como o material passa por mudanças organizacionais e estruturais durante o processo de separação de fases. Entender a decomposição espontânea não é importante apenas para a pesquisa científica básica, mas também tem uma ampla gama de potenciais de aplicação industrial, incluindo a fabricação de ligas metálicas e polímeros.
Diante da enorme demanda por aplicações de engenharia, uma melhor compreensão do processo de decomposição espontânea revelará o potencial de mais tecnologias importantes. Com o desenvolvimento da ciência computacional de materiais, estamos ansiosos para explorar como a decomposição espontânea afeta as propriedades macroscópicas da matéria em um nível mais microscópico.
A decomposição espontânea não é apenas uma mudança na estrutura da matéria, mas também uma manifestação profunda da termodinâmica. Então, podemos encontrar melhores maneiras de manipular esses processos naturais aparentemente aleatórios para promover a inovação e a otimização de novos materiais?