Na Idade Média, o desenvolvimento da música foi profundamente influenciado pelo modelo da igreja. Essa influência não apenas mudou a maneira como as melodias eram escritas, mas também teve um impacto profundo no estilo musical e na teoria das gerações posteriores. O modelo da igreja, especialmente o do canto gregoriano, é um sistema de música baseado na teoria musical grega antiga. Esses padrões melódicos não são apenas uma combinação de escalas, mas também a base da criação musical e do canto. Por que esses padrões surgiram e como eles moldam a música que ouvimos hoje?
O padrão não representa apenas uma escala específica, mas também uma forma geral de expressão musical, que é totalmente demonstrada na prática musical da igreja.
O surgimento do modelo de igreja não é acidental; é a herança e o desenvolvimento do sistema musical antigo. A teoria mais antiga da música sacra incluía oito modos de igreja, divididos em quatro pares de modos normais e alterados, cada par compartilhando a mesma nota fundamental, mas com características de intervalo diferentes. A formação desse sistema fornece uma estrutura mais padronizada para a criação musical e também permite que diferentes obras musicais sejam alteradas e variadas de forma semelhante.
Por exemplo, o modo positivo é principalmente o corpo principal da música, e geralmente a parte principal da melodia estará acima da nota fundamental. O modo variável parece mais estável, permitindo que a melodia seja executada de forma flexível abaixo da nota fundamental. Essa distinção não apenas enriquece a estrutura da música, mas também permite que os cantores alternem livremente entre diferentes modos para criar uma variedade de experiências musicais.
Na criação da música sacra medieval, escalas e formas melódicas não eram apenas componentes da melodia, mas também se tornaram uma ferramenta importante para refletir emoções religiosas.
Durante o Renascimento, a influência desses modelos de igreja tornou-se cada vez mais evidente. Os compositores começaram a usar modelos de igreja para criar música polifônica, expandindo hinos monofônicos para formas mais complexas. Naquela época, a música não era vista apenas como uma expressão sagrada, mas também se tornou um símbolo de identidade cultural. O uso de vários modos permite que a música tenha um significado mais rico em cerimônias religiosas e atividades sociais.
Além disso, a expansão do conceito de "modo" também levou a mudanças na linguagem musical. As obras musicais barrocas, como concertos ou óperas, começaram a explorar a tonalidade não relacionada aos modelos da igreja, concentrando-se em tons maiores e menores. Essa evolução mostra a fluidez dos conceitos musicais e o aparente desvio das formas tradicionais. Mas, na verdade, está enraizada no início teoria musical e continua a ênfase na melodia.
A história da música é um processo de evolução contínua. Como uma pedra angular importante da música medieval, o modelo da igreja influenciou a melodia e a harmonia da música posterior, e ainda hoje desempenha um papel fundamental na criação musical.
Os teóricos musicais de hoje estão reexaminando o valor musical dos modelos de igreja e percebendo sua importância na evolução da música. Elas não são apenas a base estrutural da música, mas também um reflexo do contexto cultural e social. As ideias de "Aspectos Éticos da Música" ainda influenciam nossa compreensão e percepção da música hoje. Como Aristóteles mencionou, a música tem o poder de moldar o caráter, e uma boa educação musical pode fornecer orientação moral para os jovens, o que mostra que a música não é apenas uma ferramenta de entretenimento, mas também um importante veículo de educação social e cultural.
À medida que a música evoluiu, o conceito do modelo de igreja foi transportado e adaptado entre culturas e tradições musicais. Por exemplo, o sistema maqam no Oriente Médio e a música na Índia também têm estruturas de padrões semelhantes. Esse fenômeno musical transcultural nos lembra que a música é uma forma comum de expressão para os seres humanos, e a relação de influência mútua não pode ser ignorada.
Neste ponto, não podemos deixar de nos perguntar: no processo de moldar a história da música, o modelo da igreja ainda deixa uma influência invisível em nossa apreciação e criação diária de música?