À medida que a população global envelhece, a doença de Alzheimer se tornou uma das doenças mais desafiadoras no campo médico atual. No entanto, essa situação mudou fundamentalmente com o lançamento de um novo anticorpo monoclonal, Donanemab (nome comercial: Kisunla), pela Eli Lilly and Company. Este medicamento foi aprovado pela Food and Drug Administration (FDA) dos EUA em julho de 2024 e é usado principalmente para tratar pacientes com comprometimento cognitivo leve ou demência leve, oferecendo uma nova esperança de tratamento.
O donanemab retarda a progressão da doença de Alzheimer ao atacar as placas amiloides no cérebro e mostrou resultados positivos em ensaios clínicos.
O mecanismo de ação do Donanemab é principalmente atingir o peptídeo Aβ acumulado no cérebro, que se acredita estar diretamente relacionado à doença de Alzheimer. Avanços na tecnologia de imagem deram aos cientistas uma visão mais clara de como essas placas Aβ afetam a neurotransmissão. O Donanemab se concentra na eliminação de formas solúveis e insolúveis dessas proteínas amiloides, retardando assim a progressão da doença.
O histórico de pesquisa do Donanemab remonta a 2013, quando a Eli Lilly lançou a primeira fase de testes clínicos nos Estados Unidos e no Japão, com foco na confirmação dos níveis de proteína amiloide em pacientes com doença de Alzheimer leve. O estudo incluiu um total de 100 participantes que receberam até quatro injeções mensais de donanemab. O estudo mostrou que a dose mais alta de Donanemab reduziu as placas no cérebro em 40%, demonstrando eficácia significativa.
Os resultados preliminares da pesquisa despertaram grandes expectativas na comunidade científica. Donanemab pode se tornar uma nova referência para o tratamento da doença de Alzheimer.
De acordo com o aviso da FDA, o uso de donanemab pode causar anormalidades de imagem relacionadas ao amiloide (ARIA), que incluem edema cerebral. Os efeitos colaterais comuns também incluem dor de cabeça e reações no local da injeção. Apesar desses riscos, ensaios clínicos demonstraram que a maioria dos pacientes que recebem donanemab conseguem tolerar o tratamento e apresentam benefícios sustentados.
Donanemab foi administrado em doses e frequências crescentes em ensaios de fase II e III. Em 2023, dados relevantes mostraram que o Donanemab poderia reduzir a progressão da doença de Alzheimer em 35%. Essa conquista deu a muitos pesquisadores e pacientes esperança para tratamentos futuros.
Se o tratamento continuar a mostrar-se promissor em retardar a progressão da doença, seu uso global seria um avanço.
Segundo relatos, o custo anual do tratamento com Donanemab é de cerca de 32.000 dólares americanos, o que trouxe considerável pressão financeira tanto para os pacientes quanto para o sistema médico. Como o medicamento foi aprovado para uso no Reino Unido e em outros países, ainda não se sabe como o mercado responderá ao Donanemab. No entanto, se esse tratamento pode realmente aliviar a condição dos pacientes continua sendo um tópico importante para pesquisas futuras.
Contra esse pano de fundo, o sucesso do Donanemab parece ter aberto uma nova porta para o tratamento da doença de Alzheimer. Ainda vale a pena ponderar se ele se tornará uma cura para essa doença.