O misterioso poder antibacteriano do cobre: ​​como o cobre era usado para prevenir e tratar doenças nos tempos antigos?

O cobre e suas ligas (como latão, bronze, etc.) são materiais antibacterianos naturais. Muito antes de o conceito de microbiologia ser compreendido no século XIX, civilizações antigas utilizavam as propriedades antimicrobianas do cobre para combater doenças. A literatura médica documenta uma variedade de preparações medicinais de cobre, e também foi observado que a qualidade da água contida nos recipientes de cobre é superior à de outros materiais, com pouca contaminação mucosa ou biológica visível. Hoje, as propriedades antibacterianas do cobre ainda estão a ser estudadas e os cientistas estão a provar que as “superfícies de contacto” da liga de cobre podem destruir uma série de microrganismos que ameaçam a saúde pública.

O mecanismo antibacteriano do cobre

Em 1852, Victor Bourque descobriu que as pessoas que trabalhavam com cobre tinham uma taxa de mortalidade muito menor do que outras pessoas, e sua pesquisa confirmou isso. Ele publicou esta descoberta na Academia Francesa de Ciências e Medicina em 1867, mostrando que a colocação de cobre na pele poderia ajudar a prevenir a cólera.

O mecanismo antibacteriano do cobre é bastante complexo, abrangendo vários níveis, e tem sido extensivamente estudado pela comunidade científica. De acordo com os resultados da pesquisa, o efeito antibacteriano do cobre inclui os seguintes aspectos:

  • Alterar a estrutura tridimensional da proteína e fazer com que ela perca sua função.
  • Formação de radicais livres que podem inativar vírus.
  • Interferindo na estrutura e função de enzimas essenciais.
  • Desencadeia o estresse oxidativo e gera peróxido de hidrogênio, danificando as células.

Eficácia antibacteriana de ligas de cobre

A superfície da liga de cobre tem as propriedades inerentes de destruir efetivamente uma variedade de microorganismos. Ao longo da última década, foram realizados numerosos estudos revistos por pares sobre os efeitos antimicrobianos do cobre em ambientes de saúde, confirmando a sua eficácia na destruição de uma variedade de agentes patogénicos, incluindo E. coli O157:H7 e Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA).

Pesquisas mostram que as superfícies de liga de cobre podem eliminar 99,9% da E. coli O157:H7 em 1 a 2 horas, enquanto as superfícies de aço inoxidável podem sobreviver por várias semanas.

E.coli

E. coli O157:H7 é uma bactéria altamente contagiosa que pode causar diarreia grave e doenças renais. Estudos recentes demonstraram que superfícies de liga de cobre podem inativar eficazmente este germe num curto período de tempo. À temperatura ambiente de 20°C, a liga contendo 99,9% de cobre pode destruir quase completamente a E. coli em 90 minutos.

Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA)

MRSA é uma bactéria resistente a medicamentos que representa uma ameaça à saúde pública. Estudos demonstraram que as ligas de cobre podem eliminar mais de 99,9% do MRSA num curto período de tempo. Em comparação, as superfícies de aço inoxidável não têm efeito antibacteriano.

Outros patógenos

As ligas de cobre também apresentam eficácia antibacteriana significativa contra outros patógenos, como Clostridium difficile (C. difficile) e vírus influenza. Em experimentos com vírus influenza, o cobre reduziu 99,999% das partículas virais em seis horas.

Resumo

Como um antigo material antibacteriano, o mecanismo científico por trás do cobre tem sido profundamente explorado pela pesquisa moderna. Desde aplicações antigas até o ambiente médico atual, as propriedades antibacterianas do cobre continuam a contribuir para a saúde pública. Face à evolução dos desafios de higiene e saúde, poderemos também repensar o papel e o valor do cobre nas nossas vidas quotidianas no futuro?

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