Nos campos atuais da ciência e engenharia de materiais, as ligas de alta entropia (HEAs) se tornaram um tópico importante que atraiu muita atenção. Esta liga combina cinco ou mais elementos misturados em proporções relativamente iguais, o que lhe confere uma estrutura e propriedades únicas em comparação às ligas tradicionais. O conceito inovador de ligas de alta entropia surgiu na década de 1980, mas foi somente com a onda de pesquisas na década de 2010 que elas começaram a ser exploradas com mais profundidade.
Ligas de alta entropia atraíram ampla atenção devido às suas excelentes propriedades potenciais. Muitos estudos mostraram que elas superam ligas tradicionais em resistência, resistência à oxidação e resistência à corrosão.
Ligas metálicas convencionais geralmente consistem em apenas um ou dois elementos principais, com pequenas quantidades de outros elementos adicionados para melhorar as propriedades. Por exemplo, o aço geralmente contém carbono e manganês, além de outros elementos em proporções menores. Ligas de alta entropia, devido às características de combinação e proporção de seus elementos, apresentam comportamentos completamente diferentes das ligas tradicionais.
Em 1995, o cientista taiwanês Yeh Chien-wei propôs pela primeira vez o conceito de sintetizar ligas de alta entropia enquanto dirigia pela zona rural de Hsinchu, e então começou a pesquisa em laboratório. Nos anos seguintes, Taiwan se tornou uma região líder na pesquisa de ligas de alta entropia e, em 2004, ele e sua equipe produziram com sucesso ligas de alta entropia que podiam suportar altas temperaturas e altas pressões, estabelecendo a base para a expansão subsequente da aplicação.
As aplicações potenciais de ligas de alta entropia são muito amplas, incluindo carros de corrida, naves espaciais, submarinos, reatores nucleares, aviões a jato e até mesmo campos de tecnologia de ponta, como mísseis hipersônicos de longo alcance.
O cerne do surgimento de ligas de alta entropia está na estabilidade de sua estrutura. A formação dessas ligas requer não apenas a consideração de fatores termodinâmicos e cinéticos, mas também uma compreensão da estrutura eletrônica e das interações entre seus átomos. Impressionantemente, enquanto os primeiros estudos se concentraram na formação de soluções sólidas monofásicas, a necessidade de microestruturas multifásicas tem se tornado cada vez mais aparente, pois estas últimas podem melhorar significativamente as propriedades dos materiais.
O desempenho de ligas de alta entropia vem principalmente de seus quatro efeitos principais: efeito de alta entropia, distorção severa da rede, difusão lenta e efeito coquetel.
O efeito de alta entropia promove a formação da fase de solução sólida, tornando sua microestrutura mais simples, o que quebra a expectativa de que ligas tradicionais formam múltiplas fases de sombra devido a interações complexas de elementos.
Especificamente, o efeito de alta entropia é uma das propriedades mais críticas das ligas de alta entropia. Esse efeito torna a formação da fase de solução sólida de vários elementos mais estável, especialmente em ambientes de alta temperatura. Devido às distorções na estrutura reticular, essas ligas apresentam diferentes propriedades mecânicas, térmicas e químicas, o que aumenta muito seu potencial de utilização.
No processo de projeto de ligas de alta entropia, o foco não está apenas na seleção dos elementos principais, mas também na consideração de suas proporções na interação. O design tradicional de ligas geralmente é baseado no uso de um ou dois elementos principais, mas ligas de alta entropia são o resultado do efeito sinérgico de múltiplos componentes. Essa estratégia de design diversificada significa que a exploração do potencial do material será mais flexível e possível.
Cientistas descobriram que ajustar pequenas mudanças na composição pode melhorar significativamente o desempenho de ligas de alta entropia, o que oferece possibilidades ilimitadas para futuras inovações de materiais.
O surgimento de ligas de alta entropia expandiu os limites da pesquisa em ciência de materiais, permitindo-nos obter uma compreensão mais profunda do mecanismo de formação de soluções sólidas e seu potencial de aplicação. No futuro, com o avanço da tecnologia e pesquisas aprofundadas sobre ligas de alta entropia, poderemos descobrir mais aplicações potenciais desses materiais, como avanços em biomedicina e energia verde.
No geral, as propriedades únicas das ligas de alta entropia as tornam ideais para aplicações em muitos campos tecnológicos, mas isso significa que estamos prestes a inaugurar uma revolução na ciência dos materiais?