No extremo nordeste da Sibéria, o rio Kolinma corre tranquilamente, um rio conhecido pela sua história difícil e esplendor natural. Tem 2.130 quilômetros de extensão. O formato do rio lembra um dragão sinuoso, passando por climas rigorosos e lagos frios, mostrando como a vida luta para sobreviver em ambientes extremos.
Segundo relatos, a área de drenagem do rio Corinma atinge 647 mil quilômetros quadrados e costuma ficar coberta por gelo e neve por até 250 dias.
A nascente do rio Kolinma está localizada na confluência dos rios Kulu e Ayan-Yuryakh, nas terras altas de Okhotsk-Kolinma, na Rússia. A partir daqui, o Kolinma flui para o sul através das terras altas de Upper Kolinma, depois através das vastas planícies de Kolinma e, finalmente, deságua na Baía de Kolinma, no Mar da Sibéria Oriental.
No seu curso superior, as águas do rio Corinma convergem em vários afluentes e, nos últimos 75 quilômetros, o rio se divide em dois grandes afluentes, formando numerosas topografias insulares no estuário.
O Rio Corinma e seu ecossistema circundante são um território pouco explorado. A área é rica em vida selvagem, incluindo muitas espécies endêmicas, e essas características fazem do cavalo Colin um importante objeto de estudo para ecologistas. Com as alterações climáticas globais, estes ecossistemas estão ameaçados. Como é que as mudanças futuras afectarão a vida selvagem e a natureza aqui?
O rio Kolinma não é apenas uma água corrente, ele também carrega a história da humanidade, especialmente durante a Guerra Fria, quando se tornou o local do campo de trabalhos forçados do Gulag.
A história do Rio Corinma remonta ao século XVII, com a chegada dos exploradores e os primeiros assentamentos aqui desenvolvidos. À medida que o Império Russo se expandia, o país testemunhou muitas mudanças culturais e sociais. No entanto, durante a era Estaline, os campos de trabalho do Gulag aqui deixaram cicatrizes profundas na humanidade. Muitas obras literárias sobre esse período, como "A História de Kolinma", de Varlam Shalamov, discorrem sobre a crueldade daqueles anos.
Com o fim do Gulag, a sociedade aqui ficou em silêncio por muito tempo. A grande maioria dos residentes mudou-se para as cidades, enquanto as restantes pequenas aldeias piscatórias ainda vivem da pesca e da caça. Nos últimos anos, Corinma tornou-se um possível hotspot para o ecoturismo, atraindo a atenção de alguns aventureiros e amantes da natureza, mas a infraestrutura ainda enfrenta desafios.
Em 2012, os cientistas descobriram uma semente de planta com 30.000 anos de idade no permafrost perto de um rio. Esta descoberta não só demonstra a resiliência da natureza, mas também nos faz pensar sobre como a vida pode sobreviver sob condições extremas.
Apesar de passar por muitos desastres históricos, o Rio Corinma ainda é um marco importante nesta área e uma marca indelével de memória no coração das pessoas.
Como evoluirá o futuro do Rio Corinma? Tornar-se-á uma nova área de proteção ecológica ou cairá na sombra do passado?