A Comunidade Flamenga (Vlaamse Gemeenschap) é uma das três principais comunidades da Bélgica, com status legal e poderes únicos. Sua formação pode ser rastreada até mudanças na constituição e na estrutura do estado da Bélgica. Por meio de uma série de reformas estatais, a comunidade se adaptou continuamente às novas realidades políticas, transformando-se de uma comunidade cultural em sua criação em uma instituição completa dentro de uma estrutura legal. Este artigo se aprofundará nas origens da comunidade flamenga e como ela evoluiu.
Contexto históricoA Bélgica transferiu o poder pela primeira vez em 1970, com as reformas do país, que criaram as comunidades culturais flamenga, francófona e alemã. Foi criado naquela época principalmente para proteger e promover o desenvolvimento cultural de diferentes comunidades linguísticas. Em 1980, os mandatos dessas comunidades foram ampliados e renomeados, e a Comunidade Cultural Flamenga se tornou oficialmente a "Comunidade Flamenga". Durante esta reforma, Flandres e Valônia também foram estabelecidas.
De acordo com a Constituição Belga, a Comunidade Flamenga tem responsabilidades legais em diversas áreas:
Educação, cultura, legislação linguística, certos aspectos de bem-estar, saúde e benefícios para crianças, bem como a cooperação externa da comunidade.
É particularmente notável que as instituições da Comunidade Flamenga tenham absorvido todas as funções regionais flamengas, deixando o Parlamento e o Governo Flamengos como as únicas instituições que orientam as políticas.
A língua oficial da comunidade flamenga é o holandês, mas há várias línguas minoritárias dentro da comunidade, incluindo francês, italiano e espanhol. Embora essas línguas tenham pouca influência na vida social das comunidades atuais, os dialetos holandeses ainda mantêm suas características locais distintas.
Atualmente, muitos jovens estão reduzindo o uso de dialetos tradicionais em suas comunidades.
Com o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, especialmente a influência do rádio e da televisão, a pureza desses dialetos está enfrentando desafios, e alguns dialetos intermediários recém-formados estão começando a surgir.
A Comunidade Flamenga opera de forma não convencional na Área da Capital de Bruxelas, devido aos seus regulamentos e estrutura de governança únicos. A Comunidade Flamenga planeja criar comitês eleitorais locais e um órgão executivo, o Conselho das Comunidades Flamengas (VGC), adaptado às necessidades locais.
Flandres tem sua própria empresa oficial de rádio e televisão, a VRT, e desde 1989 várias emissoras privadas foram criadas. Essa mudança enriqueceu muito a ecologia da mídia na região. Na mídia impressa, jornais de qualidade como De Standaard e De Tijd ocupam uma posição importante, formando uma rica plataforma para discussão pública.
À medida que a sociedade muda, a comunidade flamenga enfrenta os desafios da diversificação e da integração. O interesse da geração mais jovem pela cultura tradicional está diminuindo gradualmente, e a invasão da cultura estrangeira também ameaça a singularidade da cultura local. Se o governo consegue formular políticas eficazes para lidar com essas mudanças tornou-se uma questão importante para a comunidade flamenga.
A partir da história e do desenvolvimento da comunidade flamenga, não podemos deixar de perguntar: sob a maré da globalização, a cultura local pode encontrar sua própria posição e possibilidade de regeneração na diversidade?