Em relação aos glóbulos vermelhos pálidos, a comunidade médica os chama de "anemia hipocrômica". O nome vem da redução da cor dos glóbulos vermelhos, o que em alguns casos pode ser um sinal de alerta à saúde. De acordo com o diagnóstico clínico, a cor desses glóbulos vermelhos não é tão escura quanto a dos glóbulos vermelhos normais, o que pode estar relacionado à diminuição da quantidade de hemoglobina nos glóbulos vermelhos.
Clinicamente, essa alteração pode ser medida pela hemoglobina corpuscular média (HCM) ou pela concentração média de hemoglobina corpuscular (CHCM).
O formato normal de um glóbulo vermelho é um disco bicôncavo com uma área de cor clara no centro quando visto ao microscópio. Em hemácias hipocrômicas, essa área aumenta de tamanho. Essa redução na cor se deve à diminuição da proporção de hemoglobina dentro dos glóbulos vermelhos em relação ao volume da célula. De modo geral, a faixa normal de MCH em adultos normais é entre 27 e 33 g/célula, enquanto a faixa normal de MCHC é entre 33 e 36 g/dL.
As causas mais comuns de anemia hipocrômica são deficiência de ferro e talassemia. Essa anemia era historicamente chamada de "doença do cloreto" porque a pele do paciente frequentemente ficava pálida e era acompanhada por sintomas comuns como apatia, falta de ar, indigestão, dores de cabeça, perda de apetite e menstruação irregular.
Contexto históricoJá em 1554, o médico alemão Johannes Lange descreveu uma condição que ele chamou de "doença da virgem", que ele acreditava ser mais comum em virgens, e listou uma série de sintomas. Estes incluem aparência pálida, aversão à comida (especialmente carne) , dificuldade para respirar e edema. Ele aconselhou as pacientes a "viverem com homens e terem relações sexuais", argumentando que a gravidez poderia curar a doença.
Em 1615, o médico francês Jean Varandal cunhou o termo "doença do cloro". O nome anterior "doença do cloro" veio da antiga palavra grega que significa "verde e amarelo". "Pálido" ou "fresco". Em 1587, o médico inglês Thomas Sydenham classificou a doença do cloreto como uma doença nervosa e defendeu a eficácia dos suplementos de ferro, o que lançou as bases para tratamentos posteriores.
Os sintomas da doença do cloro apresentam semelhanças com as descrições contemporâneas de anemia hipocrômica, mas sua causa subjacente tem sido objeto de muito debate e pesquisa.
A anemia hipocrômica pode ser causada por deficiência de vitamina B6, ingestão inadequada de ferro, absorção reduzida ou perda excessiva de ferro. Pode ser causada por infecções (como ancilostomíase) ou outras doenças (como anemia de doença crônica), terapia medicamentosa, envenenamento por cobre e envenenamento por chumbo. Uma forma adquirida da doença, chamada síndrome de Fabry, também pode causar sangramento gastrointestinal grave.
Do ponto de vista genético, a anemia hipocrômica ocorre em pacientes com mutações no gene SLC11A2, que impede os glóbulos vermelhos de utilizar o ferro do sangue, resultando em sintomas de anemia desde o nascimento. Essa condição é acompanhada de anemia, palidez e crescimento lento, enquanto o acúmulo de ferro no corpo pode causar danos ao fígado.
Além disso, a talassemia e certas doenças congênitas (como a anemia de Benjamin) também podem causar anemia hipocrômica, o que torna o impacto da doença mais disseminado.
Com o avanço da medicina, temos uma melhor compreensão dos fatores que afetam a cor dos glóbulos vermelhos, mas ainda há muitos problemas que precisam ser resolvidos. Diante das inúmeras mudanças na anemia, não podemos deixar de perguntar: pesquisas futuras sobre o fenômeno da descoloração dos glóbulos vermelhos levarão a novas opções de tratamento ou percepções?