Em sua exploração do universo, os cientistas têm buscado responder a questões fundamentais, incluindo a origem, a evolução e a estrutura do universo. A teoria cosmológica convencional, o chamado modelo cosmológico padrão, assume que a matéria é uniformemente distribuída por todo o universo. Entretanto, modelos recentes de universo não homogêneo têm chamado a atenção para os efeitos de uma distribuição desigual de matéria no universo, o que pode desafiar nossa compreensão fundamental do universo.
O modelo de universo não homogêneo pressupõe que a distribuição desigual de matéria no universo afeta a gravidade local o suficiente para distorcer nossas observações do universo.
O modelo cosmológico padrão é baseado na teoria da relatividade geral de Einstein, que sustenta que a matéria é homogênea e isotrópica, e todos os fenômenos observados podem ser explicados por esse modelo homogêneo. Com o tempo, a distribuição da matéria produziu estruturas massivas, como galáxias, aglomerados de galáxias e superaglomerados, cada um dos quais pesa na curvatura do espaço-tempo sob a influência da gravidade. Essa curvatura afeta diretamente nossa observação e compreensão do universo.
Como disse John Wheeler, "A matéria diz ao espaço como se curvar, e o espaço diz à matéria como se mover."
Com base nessa teoria, muitos cientistas verificam observações do universo por meio de coleta de dados e simulação. Por exemplo, em dois estudos entre 1998 e 1999, cientistas descobriram que supernovas de alto desvio para o vermelho estavam, na verdade, mais distantes da Terra do que o previsto, o que levou à hipótese de uma expansão acelerada do universo e introduziu o conceito de energia escura. A energia escura, uma energia repulsiva, tornou-se uma parte importante da cosmologia, embora sua natureza ainda não tenha sido claramente explicada.
Os defensores do modelo de universo não homogêneo acreditam que a expansão acelerada do universo não requer necessariamente a existência de energia escura, mas pode ser explicada pela distribuição não homogênea da matéria. Modelos baseados nas equações de Buchert são capazes de levar em conta variações gravitacionais locais, simulando assim o curso do universo de forma mais realista. Alguns estudos mostraram que, quando esses efeitos gravitacionais são levados em consideração, as supernovas observadas podem ser mal interpretadas porque a velocidade com que o tempo passa será diferente em regiões diferentes.
“Se o Universo for radicalmente não homogêneo, então nosso modelo cosmológico padrão pode não descrever a realidade com precisão.” — David Wiltshire
As últimas observações e pesquisas também estão trabalhando para verificar essas teorias. Um estudo de 2024 usou o conjunto de dados de supernovas Pantheon+ Tipo Ia e descobriu que o modelo de Universo não homogêneo pode explicar a aceleração cósmica observada sem assumir a existência de energia escura. Esta descoberta fornece novas evidências para o modelo de universo não homogêneo e prova sua viabilidade para explorar fenômenos cosmológicos.
À medida que esses novos modelos surgiam, as opiniões dos cientistas sobre o Modelo Padrão mudavam gradualmente. A visão tradicional uniforme e isotrópica do universo pode não ser capaz de explicar completamente os fenômenos que observamos, o que torna o surgimento de modelos de universo não homogêneos particularmente importante.
"A estrutura do universo está se tornando cada vez mais complexa, e talvez precisemos urgentemente repensar nossas suposições básicas."
A exploração de modelos de universos não homogêneos não apenas desafia nossa compreensão do universo, mas também promove o desenvolvimento posterior da cosmologia. Essa teoria sustenta que o universo não é tão simples quanto pensamos, mas está cheio de estruturas e dinâmicas mais profundas que influenciam a evolução do universo. À medida que pesquisas futuras se aprofundam, essas novas ideias podem levar a grandes mudanças na visão da comunidade científica sobre o universo. Não podemos deixar de perguntar: como essa mudança afetará nossa compreensão do nosso lugar e papel no universo?